Programa De Expansão E Reestruturação Das Universidades Federais: Análise Da Produção Acadêmica No Período De 2008 a 2017

Abstract

O Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), instituído pelo Decreto nº 6.096/2007, foi lançado no contexto do Plano de Desenvolvimento da Educação como um programa voltado para a expansão do sistema federal de educação superior. O Reuni foi uma política educacional inserida no contexto da implantação das concepções da Nova Gestão Pública. Este artigo traz os resultados de uma revisão bibliográfica que teve como objetivo analisar as repercussões nas práticas de avaliação e gestão com base nos processos atuais de reconfiguração das políticas e procedimentos de avaliação e de regulação da educação superior brasileira, bem como sua relação com os meios de supervisão estatal, no âmbito do Reuni. No levantamento realizado em 2017 na Scientific Electronic Library Online e no Banco de Dissertações e Teses da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior com o descritor “Reuni” foram encontrados 187 trabalhos. Na leitura dos resumos observou-se que 114 trabalhos tiveram como metodologia de pesquisa estudos de caso. A temática que apresentou maior incidência foi “acesso e permanência”. Conclui-se que as mudanças administrativas nas instituições foram estimuladas mais pelo crescimento do que pelas exigências do contrato assinado com o governo federal.

Cultura do cuidado no ensino superior: A universidade, as políticas públicas e o Promove-Universitários

“…Os esforços para democratizar a universidade brasileira, ainda um desafio atual, embasaram uma série de práticas voltadas para a expansão estrutural, políticas de inclusão, permanência e ampliação de vagas (Silveira et al, 2022). Entretanto, o aspecto do cuidado com as diferentes pessoas que adentram a universidade ainda está sendo construído: quando o contexto aumenta o risco para prejuízos no desenvolvimento social, emocional e acadêmico, ocorre maior chance de dificuldade na permanência estudantil, ampliando riscos de suicídio e evasão (Brandão, 2016).…”