Aquicultura tem crescido constantemente no Brasil e no Paraná, apresentando-se como oportunidade de diversificação da produção rural e geração de renda, sem aumento de mão de obra. No entanto, a atividade está pouco estruturada, com poucos estudos realizados sobre sua situação, viabilidade e caminhos para o desenvolvimento sustentável na região estudada. Objetivou-se com este trabalho diagnosticar a situação da aquicultura na região geopolítica de Laranjeiras do Sul – Paraná. A pesquisa é um estudo transversal descritivo baseado em entrevistas com questionário semiestruturado in loco em todas as entidades envolvidas no setor aquícola e em amostra aleatória de 70 de 190 aquicultores existentes, proporcionalmente, nos dez municípios avaliados. Dados foram submetidos ao teste qui-quadrado, nos softwares R e Sphinx. Entre entidades, observou-se que a maioria desconhece a cadeia, realizou projetos pontuais e sem continuidade, mas consideram alto o potencial de desenvolvimento. A maioria das políticas públicas até o momento buscaram apoiar o aquicultor na assistência técnica e construção de viveiros. O foco da produção apontou a venda direta e autoconsumo, havendo abate informal. Propriedades são majoritariamente pequenas, com outra atividade como principal, pequena lâmina de água, mão de obra predominantemente familiar e chefiadas por homens. A produção principal é de tilápia em policultivo semi-intensivo. Parte significativa relatou problemas na venda e entrega produção diretamente ao consumidor. Conclui-se que os principais problemas são: acesso a mercados, falta de abatedouros ou frigoríficos regularizados e assistência técnica. Considera-se que, solucionando-se estes, a aquicultura na região tem potencial de crescimento e pode representar forma de diversificação.