Prevalência de hiperglicemia não diagnosticada nos pacientes internados nos hospitais de Passo Fundo, RS

Abstract

Recebido em 23/11/98Revisado em 27/10/99 Aceito em 23/03/00 RESUMO A prevalência de diabete mélito (DM) tipo 2 em adultos no Brasil é de 7,6%, estimando-se que 46,5% não estejam diagnosticados. O objetivo deste estudo foi rastrear pacientes internados em Passo Fundo, RS, nos quatro hospitais da cidade, para detectar a presença de hiperglicemia em jejum (glicemia >126mg/dl) durante o período de hospitalização. Incluíram-se nele todos os pacientes com idade igual ou superior a 40 anos internados no dia da visita ao hospital, feitas entre setembro de 1997 e fevereiro de 1998. Excluíram-se diabéticos conhecidos, pacientes em uso de corticoesteróides, período agudo de doença isquêmica e pós-operatório. Obtiveram-se identificação, antecedentes pessoais e familiares e nível socioeconômico. Aferiam-se peso, altura, circunferência abdominal e pélvica, a partir dos quais foram obtidos o índice de massa corporal (IMC) e o índice cintura quadril (ICQ). A glicemia capilar foi medida com tiras reagentes e lida em reflectômetro (coeficiente de variação 3,9%). Foram considerados pacientes com hiperglicemia aqueles que apresentassem glicemia igual ou maior que 126mg/dl após oito horas de jejum. Entre os 147 indivíduos elegíveis estudados, encontraram-se seis (4,1%) pacientes com hiperglicemia. A prevalência de pacientes com hiperglicemia foi semelhante nos quatro hospitais. Utilizando-se a análise bivariada, encontrou-se que os pacientes com hiperglicemia tinham ICQ maior que os não-diabéticos (F= 4,2; p= 0,04). Quando todas as outras variáveis foram analisadas através da regressão logística múltipla, não houve associações significativas com a presença de hiperglicemia, embora o IMC (p= 0,20) e a idade (p= 0,36) possam ser um indício de associação. Considerou-se alta a prevalência de 4,1% de indivíduos com hiperglicemia não diagnosticada internados nos hospitais. Esses indivíduos não tinham sido identificados no atendimento primário e, provavelmente, sejam portadores de DM do tipo 2. Provavelmente, indivíduos com maior ICQ, IMC e mais velhos sejam aqueles com maior risco de ter hiperglicemia não diagnosticada quando internados nos hospitais de Passo Fundo.

Marcadores do consumo alimentar de pacientes diabéticos avaliados por meio de um aplicativo móvel

“…Despite the fact that overweight and obesity are important predictors of morbidity and mortality among both the general population and people who have diabetes, the data regarding BMI reveals that the prevalence of these conditions is particularly high among the study participants (81%). It is important to note, however, that these findings differ from those reported by Lisbôa et al 22 . Furthermore, based on the WC data, the majority of the group (93%) were at high or very high risk of metabolic complications associated with obesity, corroborating the findings of Supp 23 .…”

Ocorrência De Complicações Crônicas E Seus Fatores De Risco Em Pacientes Diabéticos Atendidos Pelo Programa Saúde Da Família De Muriaé-Mg

“…As complicações são comumente classificadas como microvasculares, que resultam em nefropatia, neuropatia e retinopatia, e macrovasculares que geram as doenças cardiovasculares (8,9,10). O comprometimento ateroesclerótico das artérias coronarianas, dos membros inferiores e das cerebrais é comum nos pacientes com diabetes do tipo 2, constituindo-se a principal causa de morte.…”

Impact of screening and monitoring of capillary blood glucose in the detection of hyperglycemia and hypoglycemia in non-critical inpatients

“…The higher prevalence can be explained by the association between diabetes and cardiovascular, metabolic and infectious complications that require hospitalization for treatment. Of the diabetic patients hospitalized, 4 to 10% do not know the diagnosis (5,6) . Despite the high prevalence, the diagnosis of diabetes is frequently omitted in the admission records, clinical progression reports and in hospital discharge summaries (5)(6)(7) .…”

“…Of the diabetic patients hospitalized, 4 to 10% do not know the diagnosis (5,6) . Despite the high prevalence, the diagnosis of diabetes is frequently omitted in the admission records, clinical progression reports and in hospital discharge summaries (5)(6)(7) . Additionally, transient blood glucose abnormalities associated to stress may occur in up to 12% of individuals with no past history of diabetes (8) .…”