Pretensão de legitimidade do PCC: justificação e reconhecimento de suas práticas nas periferias da cidade de São Paulo

Fear and Legitimacy in São Paulo, Brazil: Police-Citizen Relations in a High Violence, High Fear City

“…There are the high crime rates and high levels of fear of crime (Cardia et al, 2014). There is the role of organized crime at multiple levels in society (something which is a particular issue in our study site of São Paulo, see Dias, 2011;Ruotti, 2016;Willis, 2015). There are high levels of police violence and a relatively high level of public support for at least some of this violence (Peres et al, 2008;Caldeira, 2002).…”

Estudos sobre prisão: um balanço do estado da arte nas Ciências Sociais nos últimos vinte anos no Brasil (1997-2017)

“…Embora só apareça na agenda de pesquisa a partir de 2009, a temática foi abordada em treze (9,4%) trabalhos. Dentro desse tema, destacam-se os trabalhos que tratam do Primeiro Comando da Capital -PCC (BIONDI, 2009;BIONDI, 2014;BRANDÃO, 2011;DIAS, 2011;FRESTON, 2010;GRIMBERG, 2009;LIMA, 2013;MOREIRA, 2012;RUOTTI, 2016;SILVA, 2014;SILVESTRE, 2016). Mais recentemente, notamos o surgimento de estudos de outros grupos localizados na região Nordeste do país (SANTOS, C. E. B., 2015; SILVA, 2017).…”

“…Bastos, 2012;Carvalho, 2009;Costa, 2005;Duarte, 2013;Krahn, 2014;Lobo, 2009;Madeira, 2004;Madeira, 2008;Miranda, 2009;Moreira, 2007;Prado, 2015;Rocha, 2016;Toledo, 2013;Vasconcelos, 2013. Grupos criminosos nas prisões 13 Biondi, 2009;Biondi, 2014;Brandão, 2011;C. E. B. Santos, 2015;Dias, 2011;Freston, 2010;Grimberg, 2009;Lima, 2013;Moreira, 2012;Ruotti, 2016;Silva, 2014;Silva, 2017;Silvestre, 2016. Dentre os estudos elencados, percebemos que o modelo da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados -Apac apareceu como objeto em destaque (OLIVEIRA, 2013;PASTI, 2016;VARGAS, 2011). A atenção nas questões de conversão via religião foi algo bem marcado em diversos desses trabalhos (ARAÚJO, 2009;DIAS, 2005;GUSMÃO, 2011;KRONBAUER, 2010;LOBO, 2002).…”

Notas sobre a tortura em um debate do Primeiro Comando da Capital (PCC) em São Paulo

“…as últimas décadas, diversos grupos de criminosos organizados surgiram nas prisões, estenderam sua influência para além dessas instituições e tornaram-se importantes atores sociais em todos os Estados da federação brasileira. Estes grupos se constituíram enquanto agentes centrais, tanto na transformação de dinâmicas e atividades consideradas ilícitas/ilegais, tais como aquelas associadas à mercância de drogas (Manso; Dias, 2017), quanto na (re)produção de novas sociabilidades, seja em seus espaços originários, como as prisões (Shimizu, 2011;Hirata, 2010;Dias, 2009;Biondi, 2009;Marques, 2009), ou em territórios periféricos de diferentes cidades brasileiras (Ruotti, 2016;Biondi, 2014;Dias, 2013;Feltran, 2011;Hirata, 2010;Telles;Hirata, 2010).…”

“…Em linhas gerais, grupos criminais como o PCC recorrem à violência física e/ou psicológica como forma de expandir, controlar e derrotar opositores e resolver conflitos nos mercados ilegais, e também como mecanismo de autoridade e poder, além de exercer o controle social nos diferentes lugares e dinâmicas sociais onde passaram a incidir (Ruotti, 2016;Dias, 2013). Neste aspecto, deve-se frisar que a atuação e/ou omissão do Estado em tais contextos e lugares foram igualmente relevantes para se compreender a centralidade que tais grupos adquiriram como agentes produtores de novas práticas e sociabilidades (Feltran, 2012;Telles;Hirata, 2010;Hirata, 2010;Dias, 2009;Biondi, 2009;Marques, 2009).…”