Preconceito maquiado: o racismo no mundo fashionista e da beleza

Abstract

Neste artigo, analisou-se discursos sobre o blackface no mundo fashionista e da beleza a partir da busca pela representatividade e pelo protagonismo negro, em contraponto a uma liberdade de expressão artística do profissional da área. Foi investigado um caso de blackface publicado pela empresa de cosméticos Avon em sua rede social. O corpus de análise constituiu-se por discursos presentes nos comentários registrados na referida publicação. Os dados foram categorizados e analisados com base na vertente da análise crítica do discurso teorizada por Dijk (2012). Evidenciou-se que as práticas racistas continuam disseminadas na sociedade e seu reconhecimento ainda é dificultado por sua naturalização. Também foi evidenciado que a percepção do blackface como arte ou prática racista não está diretamente relacionada à cor da pele de quem a analisa, mas à sua percepção cognitiva embasada na sua cultura, experiência de vida, capacidade crítica, conhecimento histórico, entre outros fatores.

National Policy for Comprehensive Health of Lesbians, Gays, Bisexuals,Transvestites and Transgender: image analysis

“…This performative act has been heavily criticized by activists of the black movement, which characterizes this as racism. In Brazil, the color black is overloaded with gender, racial, and sexual stereotypes 21 .…”

Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais: análise de imagem

“…Esse ato performativo tem sido fortemente criticado por ativistas do movimento negro, que o caracteriza como racismo. No Brasil, a cor preta é sobrecarregada de estereótipos de gênero, raça e sexual 21 .…”

Racismo: Uma Questão de Saúde Pública e de Gestão na Perspectiva de Gênero

“…Segundo Sansone (1996) Lage e Souza (2017) enfatizam que as mulheres negras sofrem no contexto do trabalho o preconceito de marca em decorrência do cabelo crespo e sofrem por sexismo, racismo e assédio sexual. O racismo ainda permanece ativo na sociedade, porém disfarçado pela naturalização, assim, mantendo o preconceito maquiado (Lage et al,2016).…”