2015
DOI: 10.1590/0102-445056402228334085
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Práticas de linguagem na realidade da sala de aula: contribuições da pesquisa de cunho etnográfico em Linguística Aplicada

Abstract: <p>Neste trabalho discuto princípios da perspectiva etnográfica que orientam estudos acerca de práticas de linguagem em contextos escolares no grupo de pesquisa Educação Linguística e Pós-colonialismo. Diante de uma política globalizada, a reflexão crítica sobre práticas de linguagem em contextos escolares tornou-se imperativa. Destaco a necessidade da pesquisa nesses espaços ser pensada a partir de paradigmas epistemológicos que contemplem as exigências da contemporaneidade. Apresento, a partir de resul… Show more

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“…Os dados que constituem o corpus de referência para o presente artigo foram gerados, majoritariamente em contexto escolar, a partir de registros de observação participante, entrevistas, documentos, participação em reuniões pedagógicas e em encontros com membros da comunidade 2 (CAMPOS, 2015), nos moldes do que chamamos etnografia escolar ou etnografia da linguagem (LUCENA, 2015). Entendemos que linguagem e mundo social "são mutualmente moldados" e que "uma análise detalhada do uso da linguagem e da cultura situada pode fornecer insights fundamentais e distintos para os mecanismos e dinâmicas da produção social e cultural na atividade cotidiana" (RAMPTON et al, 2004, p. 2).…”
Section: Página716unclassified
“…Os dados que constituem o corpus de referência para o presente artigo foram gerados, majoritariamente em contexto escolar, a partir de registros de observação participante, entrevistas, documentos, participação em reuniões pedagógicas e em encontros com membros da comunidade 2 (CAMPOS, 2015), nos moldes do que chamamos etnografia escolar ou etnografia da linguagem (LUCENA, 2015). Entendemos que linguagem e mundo social "são mutualmente moldados" e que "uma análise detalhada do uso da linguagem e da cultura situada pode fornecer insights fundamentais e distintos para os mecanismos e dinâmicas da produção social e cultural na atividade cotidiana" (RAMPTON et al, 2004, p. 2).…”
Section: Página716unclassified
“…Como Firth e Wagner (1997), a partir de Rampton (1987), já nos alertaram há algum tempo, os traços de linguagem não nativos marcados como falha, déficit ou desvio não são necessariamente fossilizações, nem interferência da língua materna, tampouco sinais de uma competência restrita, mas podem ser uma tática para atingir objetivos sociais e interacionais e, dessa forma, apontam para uma competência multilíngue (sobre isso ver também RAMPTON, 2005;KRAMSCH;WHITESIDE, 2007;LUCENA, 2015;LUCENA;NASCIMENTO, 2016). Reiteramos, aqui, que não apenas o estigma do inglês fossilizado e a condenação de desvios a partir de algo chamado padrão, mas também o não reconhecimento da importância das práticas comunicativas situadas pela escola, ou tradições avaliativas que marginalizam tais práticas podem ser maneiras de silenciar a ação criativa e até política (no entendimento de GARCÍA; WEI, 2014, p. 21) de educandos que têm o potencial de recriar línguas em seus esforços para se comunicar.…”
Section: Tradição E Ruptura: Aprendizes De Línguas Adicionais Ou Recéunclassified
“…Nesse sentido, pode haver espaços para transformação. Como Lucena (2015), acreditamos que, em uma sala de aula de língua adicional, as pessoas podem alcançar seus objetivos sociais, "se vira[ndo]" como podem em situações comunicativas emergenciais (LUCENA, 2015, p. 85). Dessa forma, deixar de reconhecer a riqueza das práticas que emergem localmente em nome do apego a um paradigma de ensino de língua focado em métodos e em um falante idealizado seria um grande prejuízo.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Corroborando o que afirma Lucena (2015), pensamos que para elucidar as experiências de ensinar e aprender línguas, faz-se necessário discutir, pelo ponto de vista dos participantes, a "complexidade dos fatos envolvidos com a linguagem em sala de aula" (MOITA LOPES, 2006b, p. 19).…”
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