2016
DOI: 10.1590/0102-4698153483
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Políticas Curriculares E Profissionalização: Saberes Da Prática Na Formação Inicial De Professores

Abstract: RESUMO: Realiza-se uma leitura da profissionalização docente nas políticas curriculares que, desde 1990, vêm pautando o campo da formação inicial de professores no Brasil, enfocando os sentidos que os saberes da prática vêm tendo entre os saberes curriculares das licenciaturas. Tem-se como referencial teórico e metodológico estudos do campo das políticas educacionais e do currículo de inspiração pós-estruturalista, e como fonte de dados observações de pesquisas desenvolvidas desde 2005, que acompanharam o impa… Show more

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“…A novidade, perante a Resolução de 2006, é que as atividades formativas não estão mais diretamente vinculadas às atividades práticas, pois estas ganham quantidade de horas específicas destacando-se daquelas. Garcia (2016) ainda que faça estudo de distintas normativas, no que se refere a formação de professores, levanta a polêmica com relação às atividades práticas e estágio supervisionado, indicando que há uma intenção de articulação possível de ser identificada entre as normativas. Deste modo, o que se configura é um currículo fragmentado, que não ganha força com o aumento de horas fora de um núcleo de atividades formativas.…”
Section: Quadro 1 Prática Enquanto Componente Curricular Nas Resoluçunclassified
“…A novidade, perante a Resolução de 2006, é que as atividades formativas não estão mais diretamente vinculadas às atividades práticas, pois estas ganham quantidade de horas específicas destacando-se daquelas. Garcia (2016) ainda que faça estudo de distintas normativas, no que se refere a formação de professores, levanta a polêmica com relação às atividades práticas e estágio supervisionado, indicando que há uma intenção de articulação possível de ser identificada entre as normativas. Deste modo, o que se configura é um currículo fragmentado, que não ganha força com o aumento de horas fora de um núcleo de atividades formativas.…”
Section: Quadro 1 Prática Enquanto Componente Curricular Nas Resoluçunclassified
“…No entanto, uma pesquisa com o operador "AND" entre os descritores "Estágio Supervisionado" e "Licenciatura" trouxe 42 resultados. Após a leitura dos títulos e resumos desses artigos foram encontrados seis trabalhos sobre os desafios no Estágio Supervisionado em cursos de licenciatura, como Martins (2009), que apontou a falta de condições apropriadas para o Estágio nas escolas públicas e a desmotivação dos supervisores; Rosa, Weigert e Souza (2012), que constataram a discrepância evidente no Estágio Supervisionado entre a formação universitária e as exigências da realidade escolar; Milanesi (2012), que indicou as fragilidades nos papéis dos supervisores, especialmente por contribuírem para manter a dicotomia entre a teoria e a prática; Guerta e Camargo (2015), que perceberam a falta de uma articulação entre a universidade e a escola; Garcia (2016), que expôs o pouco avanço das contribuições do Estágio Supervisionado no cenário das licenciaturas brasileiras, apesar das reformas curriculares, por continuar dicotomizando teoria e prática e pela fragilidade na cooperação entre a universidade e as escolas; e, por fim, Martins et al (2016), que mostraram, dentre outras coisas, que nem todos os estagiários concebiam o Estágio Supervisionado como um componente curricular importante para a sua formação.…”
Section: Introductionunclassified
“…Compreendemos que as políticas curriculares, enquanto pertencentes a um conjunto de ações educacionais, incorporam e instituem práticas, tecnologias, "[...] discursos "dominantes" e regimes de verdade que formam uma rede e um complexo necessário para o alinhamento de decisões e ações que, contemporaneamente, exercem um governo à distância" (GARCIA, 2010, p. 446). Ao posicionar a política curricular como uma política cultural, que provoca ordenamentos para a prática dos agentes educacionais e suas instituições, ressignificada pelo viés de suas histórias, culturas e tradições, Garcia (2016) analisa-a a partir de dois sentidos. O primeiro problematiza as políticas como incentivadoras da formação profissional docente " [...] baseadas em uma performatividade pragmática, autorresponsável, autorreflexiva e autogerenciável" (GARCIA, 2016, p. 132), que trata os saberes da prática como um saber fundacional FONSECA;LEITE 2013).…”
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“…O primeiro problematiza as políticas como incentivadoras da formação profissional docente " [...] baseadas em uma performatividade pragmática, autorresponsável, autorreflexiva e autogerenciável" (GARCIA, 2016, p. 132), que trata os saberes da prática como um saber fundacional FONSECA;LEITE 2013). O segundo se refere às propostas de alterações curriculares previstas nas legislações voltadas ao Ensino Superior desta década, que não conseguem romper com a forte cultura disciplinar e de fragmentação dos currículos das licenciaturas (GARCIA, 2016). Para a autora, está imbricada nessas políticas uma reprodução curricular que, em grande parte dos casos, não estabelece soluções plausíveis aos "problemas relativos aos estágios e à ausência de um projeto formativo que reúna a universidade e as escolas de educação básica na construção da identidade profissional dos futuros professores" (GARCIA, 2016, p. 132).…”
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