Abstract:O debate sobre reconhecimento no interior da teoria política despertou uma produtiva polêmica sobre os elementos privados e públicos desta categoria (Fraser e Honneth, 2003). De um lado, situam-se aqueles que defendem os elementos privados de um processo de reconhecimento do self. Axel Honneth propõe uma teoria do reconhecimento enquanto uma estrutura de aceitação do self por outros indivíduos, localizando na esfera privada, por meio do amor e da amizade, o elemento fundamental do processo de reconhecimento da… Show more
“…Num contexto de intensa mobilização de organizações e movimentos sociais nos processos de redemocratização dos países latinoamericanos, a construção dessa nova gramática societária, implicou na introdução do experimentalismo na esfera do Estado, especialmente por meio da criação e da institucionalização de canais participativos, mediante os quais os atores sociais podem transferir práticas e informações do nível societário para o nível governamental (SANTOS; AVRITZER, 2013).…”
Section: Democracia E Instituições Participativasunclassified
Este artigo aborda o Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção (CTPCC), criado em 2003, no âmbito federal. O objetivo da análise é situar a criação do referido conselho num cenário de incremento de experiências e mecanismos de democracia participativa no país, refletindo sobre seu desenho institucional e sobre as potencialidades e limites dele decorrentes. Para isso, adota-se uma abordagem metodológica qualitativa, que contempla revisão bibliográfica sobre o tema e levantamentos de normativos e documentos do Conselho disponibilizados em sítios eletrônicos oficiais. À luz das análises realizadas, conclui-se que o CTPCC constitui uma experiência relevante de atuação da sociedade civil na seara das políticas públicas de transparência e combate à corrupção, porém seu desenho institucional implica limitações ao processo participativo.
“…Num contexto de intensa mobilização de organizações e movimentos sociais nos processos de redemocratização dos países latinoamericanos, a construção dessa nova gramática societária, implicou na introdução do experimentalismo na esfera do Estado, especialmente por meio da criação e da institucionalização de canais participativos, mediante os quais os atores sociais podem transferir práticas e informações do nível societário para o nível governamental (SANTOS; AVRITZER, 2013).…”
Section: Democracia E Instituições Participativasunclassified
Este artigo aborda o Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção (CTPCC), criado em 2003, no âmbito federal. O objetivo da análise é situar a criação do referido conselho num cenário de incremento de experiências e mecanismos de democracia participativa no país, refletindo sobre seu desenho institucional e sobre as potencialidades e limites dele decorrentes. Para isso, adota-se uma abordagem metodológica qualitativa, que contempla revisão bibliográfica sobre o tema e levantamentos de normativos e documentos do Conselho disponibilizados em sítios eletrônicos oficiais. À luz das análises realizadas, conclui-se que o CTPCC constitui uma experiência relevante de atuação da sociedade civil na seara das políticas públicas de transparência e combate à corrupção, porém seu desenho institucional implica limitações ao processo participativo.
“…Essa intensificação do debate e consequente implementação foram decorrentes do processo de abertura e democratização política em nossa sociedade e das pressões internacionais 1 em torno da agenda dos direitos humanos e do racismo. Pautada em torno da luta por reconhecimento e redistribuição, parte da população negra, historicamente, irá articular e mobilizar suas ações com o objetivo de combater as injustiças culturais e econômicas decorrentes do processo de discriminação cultural e exploração econômica produzidas por históricas relações raciais marcadamente desiguais (AVRITZER, 2015;BERNARDINO, 2002).…”
No Brasil, a eleição para presidente de Jair Messias Bolsonaro representou, em detrimento dos avanços democráticos dos anos anteriores, o surgimento de uma nova ordem contra-hegemônica cujos objetivos políticos alimentam uma agenda de desmonte, de desqualificação e de deslegitimação das pautas das minorias buscando conter os avanços democráticos até então postos. Este trabalho tem como objetivo afirmar que, entre 2014 e 2019, no Brasil, se identifica a consolidação de uma conjuntura contaminada por processos políticos apresentados a nível internacional que estão a corroer as estruturas democráticas, a atacar os direitos das minorias e a negar a possibilidade de avanços das políticas de direitos humanos, tudo isso em favor de uma agenda econômica que busca garantir os interesses e a reprodução social e política do grande capital financeiro e do seu campo ideológico e político. Nossa afirmação se baseia em uma revisão da literatura sobre a crise democrática e o avanço de uma onda conservadora a nível local; e na observação e no acompanhamento dos fatos e processos políticos, ligados à agenda do combate ao racismo e na promoção da igualdade racial, que buscaram deslegitimar e desmontar a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), negando e impedindo o reconhecimento e regulamentação das comunidades quilombolas e incentivando ou negligenciando ataques às religiões de matriz africana e afro-brasileira.
“…Um dos países que se destaca pelo pioneirismo nessa área é os EUA. O movimento pelos direitos civis dos anos 1950 e 1960 resultaram na elaboração das primeiras leis contra discriminação racial e de ações afirmativas, uma forma do governo impor políticas de integração racial às organizações que prestavam serviços para o setor público (ANDREWS, 1985;AVRITZER;GOMES, 2013;FLEURY, 2000;MENDES, 2005;SANTOS et al, 2008).…”
O objetivo deste texto é analisar a adoção de programas de diversidade voltados à inclusão de mulheres e negros em empresas no Brasil. As iniciativas que visam estimular a inclusão de grupos tradicionalmente discriminados no mercado de trabalho vêm crescendo em diferentes tipos de organizações, como organismos internacionais, ONG ́s (Organizações não Governamentais), empresa, na imprensa de negócios e associações e se reflete, ainda, na criação de leis. Para realizar a pesquisa que deu origem a este texto, foi escolhida uma amostra intencional de empresas, para verificar quantas contam com este tipo de programa e os motivos que as levaram a implantá-los. Foram escolhidas empresas que têm práticas de gestão de recursos humanos consideradas como referência, partindo da publicação “Melhores Empresas para Você Trabalhar”, ligado à revista Exame. O levantamento de dados ocorreu por meio de pesquisa documental, da aplicação de um questionário em 108 empresas e da realização de entrevistas aprofundadas em quatro dessas empresas, além de entrevistas com especialistas sobre o tema. A partir dos resultados da pesquisa, foi possível observar que a quantidade das empresas pesquisadas que têm programas de diversidade é pequena, mas maior do que esperado a partir da revisão da literatura. A maior parte dos programas identificados ainda se encontrava em estágios iniciais de implantação, mas a pesquisa apresenta indícios de que a questão da diversidade veio para ficar.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.