No texto, analisam-se sentidos sociais atribuídos à escola, seus currículos e conhecimentos, face aos tensionamentos discursivos derivados de correlações de força mobilizados por distintos segmentos sociais, especialmente em razão da proposição de modelos não convencionais de funcionamento para escolas de educação básica e instituições de educação superior nesse tempo de pandemia. São movimentos que, assumindo concepções e interesses visivelmente distintos, tensionam ainda mais o debate sobre sentidos e finalidades sociais da formação escolar. Trata-se de um trabalho de base empírico-teórica, que explora como fontes: documentos oficiais, textos acadêmicos e informações da imprensa disponibilizados em ambientes digitais. Afirma-se que esse jogo de forças coloca em disputa três racionalidades: uma de base neoliberal que concebe a escola como máquina de produção de resultados objetivos, outra ancorada na ideia de escola como espaço socioeducativo, portanto, de redução de desigualdades, e uma terceira que entende a escola como lugar de formação humana e instituição promotora do direito universal à aprendizagem e ao desenvolvimento humano.