Abstract:ResumoEste estudo pretende avaliar a dinâmica recente do desenvolvimento regional no Brasil. Para tanto, parte-se da premissa de que a queda recente nos indicadores de desigualdade de renda estaduais e municipais não denota um processo de convergência de renda. A adoção do conceito de polarização desenvolvido em Anderson, Linton & Leo (2012), demonstra que, ao dividir o Brasil nos subconjuntos Norte/Nordeste e Resto do País, há maior identificação dos estados e municípios dentro de cada grupo (pobres com pobre… Show more
“…The findings suggest that there is a relation between level of income and poverty -both associated with patterns of social and spatial inequality -and the country's population dynamics. Despite the relationship between poverty and inequality and the pace of demo- graphic transition in Brazil, the findings show significant regional differences across Brazil, resulting in two regional blocs (North-Northeast and South-Southeast) that seem to be moving in opposite directions, reflected in the demographic indicators of transition and economic indicators 30 . The central discussion proposed by this study is based on one crucial fact: the direction of the causal arrows is determined by the causal structure of the problem, not statistical considerations.…”
O Brasil experimenta uma transição demográfica marcada por desigualdades regionais. É possível supor que aspectos relacionados à pobreza, desenvolvimento e desigualdade possam reverter os efeitos de associação dos indicadores da transição demográfica, tipificando um fenômeno conhecido como Paradoxo de Simpson. O objetivo deste estudo foi analisar o efeito da desigualdade, pobreza e desenvolvimento social na dinâmica populacional brasileira, verificando a ocorrência do paradoxo de Simpson na transição demográfica. Foram utilizados dados populacionais oriundos dos Censos Demográficos brasileiros de 1991 a 2010, segundo idade no Brasil e unidades da federação. Foi avaliada a correlação entre os indicadores demográficos, estratificando das unidades da federação em grupos de acordo com os indicadores sociais. Há um avanço das UF com relação aos indicadores sociais, ainda que persista a heterogeneidade. A transição vem ocorrendo em todas as UF, com persistência da distância entre elas, mesmo que com redução ao longo dos anos. Observou-se o paradoxo de Simpson quando a análise foi realizada segundo ano censitário, e segundo indicador social, principalmente para o ano de 1991. O principal desafio é compreender como a dinâmica demográfica brasileira pode ser analisada e compreender de que forma os fatores contextuais alteram seu ritmo, quantum e padrão.
“…The findings suggest that there is a relation between level of income and poverty -both associated with patterns of social and spatial inequality -and the country's population dynamics. Despite the relationship between poverty and inequality and the pace of demo- graphic transition in Brazil, the findings show significant regional differences across Brazil, resulting in two regional blocs (North-Northeast and South-Southeast) that seem to be moving in opposite directions, reflected in the demographic indicators of transition and economic indicators 30 . The central discussion proposed by this study is based on one crucial fact: the direction of the causal arrows is determined by the causal structure of the problem, not statistical considerations.…”
O Brasil experimenta uma transição demográfica marcada por desigualdades regionais. É possível supor que aspectos relacionados à pobreza, desenvolvimento e desigualdade possam reverter os efeitos de associação dos indicadores da transição demográfica, tipificando um fenômeno conhecido como Paradoxo de Simpson. O objetivo deste estudo foi analisar o efeito da desigualdade, pobreza e desenvolvimento social na dinâmica populacional brasileira, verificando a ocorrência do paradoxo de Simpson na transição demográfica. Foram utilizados dados populacionais oriundos dos Censos Demográficos brasileiros de 1991 a 2010, segundo idade no Brasil e unidades da federação. Foi avaliada a correlação entre os indicadores demográficos, estratificando das unidades da federação em grupos de acordo com os indicadores sociais. Há um avanço das UF com relação aos indicadores sociais, ainda que persista a heterogeneidade. A transição vem ocorrendo em todas as UF, com persistência da distância entre elas, mesmo que com redução ao longo dos anos. Observou-se o paradoxo de Simpson quando a análise foi realizada segundo ano censitário, e segundo indicador social, principalmente para o ano de 1991. O principal desafio é compreender como a dinâmica demográfica brasileira pode ser analisada e compreender de que forma os fatores contextuais alteram seu ritmo, quantum e padrão.
“…Os dados analisados sugerem que há uma relação entre o nível de renda e pobreza, associados ao padrão de desigualdade social e espacial, e a dinâmica demográfica do país. Em que pese o fato de haver uma relação entre pobreza, desigualdade, e o "pace" da transição demográfica no Brasil, o que se tem é uma heterogeneidade regional expressiva no Brasil, o que parece criar dois grandes blocos (Norte/Nordeste do país; e Sul/Sudeste), que parecem caminhar em sentidos opostos, expressos tanto nos indicadores demográficos da transição quanto nos indicadores econômicos 30 .…”
Resumo O Brasil experimenta uma transição demográfica marcada por desigualdades regionais. É possível supor que aspectos relacionados à pobreza, desenvolvimento e desigualdade possam reverter os efeitos de associação dos indicadores da transição demográfica, tipificando um fenômeno conhecido como Paradoxo de Simpson. O objetivo foi analisar o efeito da desigualdade, pobreza e desenvolvimento social na dinâmica populacional brasileira, verificando a ocorrência do paradoxo de Simpson na transição demográfica. Foram utilizados dados populacionais oriundos dos Censos Demográficos brasileiros de 1991 a 2010, segundo idade e unidades da federação. Foi avaliada a correlação entre os indicadores demográficos, estratificando das unidades da federação em grupos de acordo com os indicadores sociais. Há um avanço das unidades federativas (UF) com relação aos indicadores sociais. A transição vem ocorrendo em todas as UF, com persistência da distância entre elas, mesmo que com redução ao longo dos anos. Observou-se o paradoxo de Simpson quando a análise foi realizada segundo ano censitário e indicador social, principalmente para o ano de 1991. O principal desafio é compreender como a dinâmica demográfica brasileira pode ser analisada e compreender de que forma os fatores contextuais alteram seu ritmo, quantum e padrão.
“…Sobre diferenciais regionais, um estudo intitulado "Persistência das desigualdades regionais no Brasil: polarização e divergência" demonstra que, nos subconjuntos Norte/Nordeste e resto do país, há maior identificação dos estados e municípios dentro de cada grupo (pobres com pobres e ricos com ricos), e um aumento da distância entre eles, apontando para desigualdades, cada vez mais crescente, dentro do mesmo país 33 .…”
Objetivo: analisar a distribuição espacial das mortes atribuíveis ao uso de álcool no Brasil. Métodos: estudo epidemiológico descritivo e analítico nos 5.570 municípios do Brasil, no período de 2012 a 2016. Analisaram-se a distribuição espacial, a intensidade e a significância por meio do índice de Moran Global, MoranMap, LisaMap e BoxMap. Resultados: no período estudado, houve 33.168 óbitos atribuíveis ao uso de álcool. Desses, foi observada uma maior proporção de óbitos para o sexo masculino nas faixas entre 40 a 59 anos. Os municípios que apresentaram as maiores taxas médias de mortalidade padronizadas por 100 mil habitantes foram Mata – RS (43,19), Pendências – RN (40,74), Uru – SP (36,43), Senhora do Porto – MG (35,77), Novo Alegre – TO (34,85), Arantina – MG (33,14) e Catuji – MG (32,71). O valor do Índice de Moran Global foi positivo e com significância estatística (p-valor=0,01). Evidenciou-se formação de clúster de alto/alto em municípios das regiões nordeste, sudeste e centro-oeste, enquanto foi verificada a presença de clúster de baixo/baixo nas regiões norte e sul do país. Conclusões: existe, no Brasil, um padrão de dependência espacial na distribuição das taxas de mortalidade atribuíveis ao uso do álcool
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