Abstract:Resumo O Brasil experimenta uma transição demográfica marcada por desigualdades regionais. É possível supor que aspectos relacionados à pobreza, desenvolvimento e desigualdade possam reverter os efeitos de associação dos indicadores da transição demográfica, tipificando um fenômeno conhecido como Paradoxo de Simpson. O objetivo foi analisar o efeito da desigualdade, pobreza e desenvolvimento social na dinâmica populacional brasileira, verificando a ocorrência do paradoxo de Simpson na transição demográfica. Fo… Show more
“…Outro ponto que merece destaque é a vulnerabilidade social existente no município de estudo, convergente com o fenômeno da transição demográfica no Brasil, que é marcada por disparidades regionais 37 . A desigualdade econômica, neste estudo, é revelada pela alta proporção de famílias pertencentes às classes socioeconômicas D e E, com baixa renda familiar (em média R$ 954,00 em 2021) e expressiva participação em programas de transferência condicionada de renda.…”
Resumo: Este estudo analisa a insegurança alimentar e os fatores a ela associados na área urbana de um município na bacia hidrográfica do Rio Amazonas, Amazônia Ocidental. Trata-se de pesquisa transversal, de base populacional, realizada de agosto a novembro de 2021, com 983 domicílios selecionados por amostragem probabilística estratificada. Empregou-se o modelo de regressão logística multinomial, adotando-se os seguintes critérios: valor de p < 20% na análise bivariada e valor de p < 5% para o ajuste multivariado. Os resultados das análises foram descritos como odds ratios (OR) e intervalo de 95% de confiança (IC95%). Foram significantemente associadas à insegurança alimentar leve ou moderada as seguintes variáveis: insegurança hídrica domiciliar, número de moradores ≥ 5 no domicílio, pertencer à classe socioeconômica D ou E, ter pai, mãe ou outro, como chefe da família e ter algum morador beneficiário do Programa Bolsa Família. No modelo de análise para a insegurança alimentar grave constatou-se que viver em insegurança hídrica domiciliar, pertencer à classe socioeconômica D ou E, ter pai, mãe ou outro chefe da família, e tendo este menos que 55 anos, e renda familiar menor que dois salários mínimos aumentaram as chances de insegurança alimentar grave, comparativamente àqueles em segurança alimentar. Em conclusão, verificou-se alta prevalência de insegurança alimentar no Município de Itapiranga, Amazonas, Região Norte do Brasil, associada à situação de vulnerabilidade social e econômica, à falta de serviços públicos e à insegurança hídrica domiciliar.
“…Outro ponto que merece destaque é a vulnerabilidade social existente no município de estudo, convergente com o fenômeno da transição demográfica no Brasil, que é marcada por disparidades regionais 37 . A desigualdade econômica, neste estudo, é revelada pela alta proporção de famílias pertencentes às classes socioeconômicas D e E, com baixa renda familiar (em média R$ 954,00 em 2021) e expressiva participação em programas de transferência condicionada de renda.…”
Resumo: Este estudo analisa a insegurança alimentar e os fatores a ela associados na área urbana de um município na bacia hidrográfica do Rio Amazonas, Amazônia Ocidental. Trata-se de pesquisa transversal, de base populacional, realizada de agosto a novembro de 2021, com 983 domicílios selecionados por amostragem probabilística estratificada. Empregou-se o modelo de regressão logística multinomial, adotando-se os seguintes critérios: valor de p < 20% na análise bivariada e valor de p < 5% para o ajuste multivariado. Os resultados das análises foram descritos como odds ratios (OR) e intervalo de 95% de confiança (IC95%). Foram significantemente associadas à insegurança alimentar leve ou moderada as seguintes variáveis: insegurança hídrica domiciliar, número de moradores ≥ 5 no domicílio, pertencer à classe socioeconômica D ou E, ter pai, mãe ou outro, como chefe da família e ter algum morador beneficiário do Programa Bolsa Família. No modelo de análise para a insegurança alimentar grave constatou-se que viver em insegurança hídrica domiciliar, pertencer à classe socioeconômica D ou E, ter pai, mãe ou outro chefe da família, e tendo este menos que 55 anos, e renda familiar menor que dois salários mínimos aumentaram as chances de insegurança alimentar grave, comparativamente àqueles em segurança alimentar. Em conclusão, verificou-se alta prevalência de insegurança alimentar no Município de Itapiranga, Amazonas, Região Norte do Brasil, associada à situação de vulnerabilidade social e econômica, à falta de serviços públicos e à insegurança hídrica domiciliar.
“…The variation around this association can affect the data known as Simpson’s Paradox. It is an extreme confounding condition where an apparent association between two variables is reversed when data are analyzed within each stratum of a confounding variable [ 38 ]. This phenomenon has long been recognized as a theoretical possibility, but few real examples have been presented.…”
Section: Discussionmentioning
confidence: 99%
“…In the case of mortality from colorectal cancer, risk behaviors are presented differently between classes and social groups, directly impacting access to diagnosis and therapy. The description of the phenomenon itself is already an exciting aspect [ 38 ]. Furthermore, the meaning of this paradox challenges public health to create strategies differentiated by class and intervention complexity so that cancer control policies are equitable.…”
Background
Colorectal cancer mortality is growing in Latin America. It is known for a marked income disparity between its countries, and there is a consistent association with development. Our purpose was to describe trends in colorectal cancer mortality in Latin America between 1990 and 2019, identifying differences by human development categories.
Methods
We extracted age-adjusted mortality rate from the Global Burden of Disease (GBD) Study from 22 Latin American countries, subregions, and country groups previously ranked by the GBD study due to Sociodemographic Index (SDI) between 1990 and 2019. We applied the segmented regression model to analyze the time trend. Also, we estimated the correlation between mortality rates and Human Development Index (HDI) categories for countries.
Results
Between 1990 and 2019, colorectal cancer adjusted mortality rate increased by 20.56% in Latin America (95% CI 19.75% - 21.25%). Between 1990 and 2004, the average annual percentage change (APC) was 0.11% per year (95% CI 0.10–0.12), and between 2004 and 2019 there was a deceleration (APC = 0.04% per year, 95% CI 0.03%– 0.05%). There is great heterogeneity among the countries of the region. Correlation between these two variables was 0.52 for 1990 and 2019. When separated into HDI groups, the correlation varied in the direction of the association and its magnitude, typifying an effect modification known as Simpson’s Paradox.
Conclusions
Human development factors may be important for assessing variation in cancer mortality on a global scale. Studies that assess the social and -economic contexts of countries are necessary for robust evaluation and provision of preventive, diagnostic and curative services to reduce cancer mortality in Latin America.
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