Abstract:Este artigo aborda as interações entre mãe social e criança em situação de acolhimento, em instituição tipo casa-lar, devido à importância de mediações adequadas para o desenvolvimento infantil. Participaram quatro mães sociais, responsáveis pelas crianças de até seis anos de idade. Foram feitas observa ções do cotidiano institucional, entrevistas semiestruturadas com as participantes e vídeo-gravações de momentos de interação durante atividades rotineiras, como banho e alimentação. Foram realizadas vinte filma… Show more
“…A fala de um dos educadores entrevistados por Segui (2012) Mesmo havendo orientações específicas para capacitação, acompanhamento e orientação das cuidadoras residentes por parte da equipe técnica do serviço de acolhimento (Brasil, 2009), de forma a minimizar os impactos dessas situações e auxiliar no desenvolvimento de estratégias de enfrentamento, algumas pesquisadoras não encontraram, nas instituições investigadas, esse suporte profissional. Isso potencializa, nas cuidadoras, sentimentos de abandono, despreparo, desmotivação, falta de capacitação para o trabalho, e também sofrimento psíquico ante as condições reais de atuação (Careta, 2011;Ferreira, 2014;Tomás, & Vectore, 2012).…”
Resumo O presente artigo tem como foco a realização de uma discussão teórica acerca do trabalho dos cuidadores residentes, atuantes em instituições de acolhimento na modalidade casa-lar, e busca contemplar as especificidades próprias ao trabalho realizado diretamente com crianças e adolescentes acolhidos, tanto no que diz respeito aos documentos normativos que fundamentam as práticas voltadas ao cumprimento dessa medida protetiva, como também em relação às vivências cotidianas dos cuidadores e às relações estabelecidas com os sujeitos acolhidos e seus familiares. Para isso, realizamos um breve resgate teórico acerca das políticas de acolhimento para crianças e adolescentes no Brasil, seguido de uma análise das produções acadêmicas que apontam aspectos das relações estabelecidas nesses espaços de acolhimento, a partir de pesquisas bibliográficas realizadas nos bancos de dados Parthenon e Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), com os seguintes descritores: “mãe social”, “mães sociais”, “cuidador* resident*” e “acolhimento”, em combinações diferentes e variando os campos de busca. A leitura dos artigos, teses e dissertações nos possibilitaram discutir algumas questões relativas ao trabalho de cuidadores residentes e ao estabelecimento de vínculos com as crianças e adolescentes acolhidos, com destaque para os tensionamentos vivenciados por esses profissionais, que podem levá-los ao adoecimento decorrente de seu trabalho. Com mais questionamentos que esclarecimentos, fica a certeza da urgência em se voltar o olhar para a identidade profissional e pessoal dos cuidadores residentes, que assumem profissionalmente um lugar de referência afetiva constante e um acompanhamento diário de crianças e adolescentes em situação acolhimento.
“…A fala de um dos educadores entrevistados por Segui (2012) Mesmo havendo orientações específicas para capacitação, acompanhamento e orientação das cuidadoras residentes por parte da equipe técnica do serviço de acolhimento (Brasil, 2009), de forma a minimizar os impactos dessas situações e auxiliar no desenvolvimento de estratégias de enfrentamento, algumas pesquisadoras não encontraram, nas instituições investigadas, esse suporte profissional. Isso potencializa, nas cuidadoras, sentimentos de abandono, despreparo, desmotivação, falta de capacitação para o trabalho, e também sofrimento psíquico ante as condições reais de atuação (Careta, 2011;Ferreira, 2014;Tomás, & Vectore, 2012).…”
Resumo O presente artigo tem como foco a realização de uma discussão teórica acerca do trabalho dos cuidadores residentes, atuantes em instituições de acolhimento na modalidade casa-lar, e busca contemplar as especificidades próprias ao trabalho realizado diretamente com crianças e adolescentes acolhidos, tanto no que diz respeito aos documentos normativos que fundamentam as práticas voltadas ao cumprimento dessa medida protetiva, como também em relação às vivências cotidianas dos cuidadores e às relações estabelecidas com os sujeitos acolhidos e seus familiares. Para isso, realizamos um breve resgate teórico acerca das políticas de acolhimento para crianças e adolescentes no Brasil, seguido de uma análise das produções acadêmicas que apontam aspectos das relações estabelecidas nesses espaços de acolhimento, a partir de pesquisas bibliográficas realizadas nos bancos de dados Parthenon e Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), com os seguintes descritores: “mãe social”, “mães sociais”, “cuidador* resident*” e “acolhimento”, em combinações diferentes e variando os campos de busca. A leitura dos artigos, teses e dissertações nos possibilitaram discutir algumas questões relativas ao trabalho de cuidadores residentes e ao estabelecimento de vínculos com as crianças e adolescentes acolhidos, com destaque para os tensionamentos vivenciados por esses profissionais, que podem levá-los ao adoecimento decorrente de seu trabalho. Com mais questionamentos que esclarecimentos, fica a certeza da urgência em se voltar o olhar para a identidade profissional e pessoal dos cuidadores residentes, que assumem profissionalmente um lugar de referência afetiva constante e um acompanhamento diário de crianças e adolescentes em situação acolhimento.
“…Contudo, é necessário que as educadoras deem sentido a sua prática, de modo a compreender a importância dos seus gestos e o objetivo do seu trabalho para proporcionar crescimento sadio e dignidade. A comunicação verbal autoritária e a punição como justificativa de aprendizado impossibilitam a autonomia, inviabilizando a singularidade da criança e interferindo no seu desenvolvimento, além disso, esse tipo de prática anula o simbolismo empregado pelas crianças aos objetos (Avoglia et al, 2012;Tomás;Vectore, 2012). Em contrapartida, um estudo relata desconhecer punições físicas no interior da instituição que investigou (Magalhães et al, 2011).…”
Section: Práticas Cotidianas Na Instituição E Interação Entre Cuidadounclassified
“…Em geral, os conceitos de infância são constituídos de acordo com os conhecimentos de vida preestabelecidos pelas cuidadoras, não apresentado um padrão de instrução, geram assim, o medo de estabelecer vínculos, devido ao seu rompimento, por ser esta uma característica do acolhimento institucional (Tomás;Vectore, 2012). Entretanto, a elaboração do vínculo é de extrema importância para o desenvolvimento da criança (Tomás;Vectore, 2012;Magalhães et al, 2011;Wright et al, 2014 (Trivellato et al, 2013;Avoglia et al, 2012).…”
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“…Em geral, os conceitos de infância são constituídos de acordo com os conhecimentos de vida preestabelecidos pelas cuidadoras, não apresentado um padrão de instrução, geram assim, o medo de estabelecer vínculos, devido ao seu rompimento, por ser esta uma característica do acolhimento institucional (Tomás;Vectore, 2012). Entretanto, a elaboração do vínculo é de extrema importância para o desenvolvimento da criança (Tomás;Vectore, 2012;Magalhães et al, 2011;Wright et al, 2014 (Trivellato et al, 2013;Avoglia et al, 2012). Portanto, é preciso que se invista na prevenção e na promoção da saúde desses profissionais, bem como na sua capacitação, qualificação e suporte psicológico, a fim de que eles consigam lidar com as crianças atendendo suas necessidades psicoemocionais (Trivellato et al, 2013;Avoglia et al, 2012;Wright et al, 2014;Cruz et al, 2014).…”
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“…Estes fatores são agravados pela angústia, falta de reconhecimento e negação da palavra da cuidadora (Lima, 2012). Além disso, a necessidade e o medo do estabelecimento de vínculos com as crianças, que podem ser rompidos a qualquer instante devido a característica transitória do acolhimento infantil, impõem às cuidadoras a reflexão crítica sobre seu trabalho, articulando-o à história de suas vidas (Tomás;Vectore, 2012). Para Gabatz et al…”
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Institucionalização infantil: revisão acerca da interação dos cuidadores com a criança Child institutionalization: review about caregivers interaction with the child
À professora Maria Clotilde Rossetti-Ferreira, primeiramente por ser essa pessoa tão ativa, envolvida com as causas das crianças, cheia de sabedoria e conhecimento para partilhar... Sempre com uma história interessante para somar às nossas vidas e formação. Gratidão pelas sugestões, conselhos, apontamentos, amizade, amorosidade e por ser parte essencial e estar sempre conosco no CINDEDI (Centro de Investigação sobre o Desenvolvimento e Educação); Às companheiras de trabalho junto ao CINDEDI, pelas infinitas trocas. Esse é um grupo coeso, que te possibilita infinitas partilhas acerca do conhecimento científico, mas também é um grupo gerido e mobilizado pelo afeto: Lúcia Tinos,
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