Perfil epidemiológico das mortes maternas ocorridas no Rio Grande do Sul, Brasil: 2004-2007

Abstract

Foi analisado o perfil epidemiológico das mortes maternas ocorridas no período de 2004-2007, no Rio Grande do Sul, através da Razão de Mortalidade Materna e da Razão de Mortalidade Materna Específica. Foram utilizados dados do Sistema de Informações de Saúde, sendo observados 323 óbitos maternos. Para a análise dos indicadores foi empregada a regressão de Poisson e testes estatísticos. Observou-se que no Estado houve um decréscimo na razão de mortalidade materna (0,98), contudo não foram encontradas diferenças nas medidas de estimativas (IC95% 0,87-1,10). A RMME foi maior em mulheres com mais de 40 anos, com baixo nível de escolaridade, de cor preta e sem companheiro. O período de maior estimativa de risco na morte materna foi durante a gravidez e o parto, e entre as principais causas diretas observadas foram constatadas hipertensão arterial e hemorragia. A mortalidade materna é um indicador importante que deve ser enfrentado e reduzido, pois a maior parte dos óbitos pode ser evitada.

Causas de morte materna no Estado do Pará, Brasil

“…Ao comparar a RMM do Pará com a de outros estados, é possível discutir outro ponto importante, o sub-registro e a subinformação da mortalidade materna 2 . Alguns estudos realizados no sul do país 12,13 , onde os estados apresentam melhores condições socioeconômicas e fazem um trabalho de investigação do óbito materno por meio dos Comitês de Mortalidade Materna (CMM), identificaram que a RMM é superior à observada no Pará, refletindo melhor vigilância do óbito materno nessa localidade, em detrimento das demais regiões. Dessa forma, um melhor monitoramento do óbito materno no Estado do Pará é necessário, no intuito de identificar fatores desencadeantes e agravantes dessa elevada mortalidade e para que medidas efetivas e organizacionais possam ser propostas.…”

Enfermagem obstétrica: contribuições às metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

“…Of the 141 deaths per 100,000 live births in 1990, the rate in 2011 amounted to less than 64 deaths per 100,000 live births. This reduction is important not only for the number of lives saved during this period, but also because it indicates significant progress in ensuring the citizenship, sexual and reproductive rights of women (3) .…”

Maternal mortality in the indigenous and non-indigenous population in Pará: contribution to the surveillance of deaths

“…Regarding deaths due to indirect causes, overcrowding in referral hospital services, often found in larger regions exclusively, and structural deficiencies and lack of qualified personnel result in inadequate services provided to pregnant and puerperal women, thus causing maternal death. 5 Comparing the maternal mortality rates in the state of Pará with those from other states, it is possible to identify two important points: underreporting and lack of information about this event in Pará. This is because studies performed in other regions, where states show a more developed socioeconomic standard and Comitês de Mortalidade Materna (CMM -Committees on Maternal Mortality) investigate maternal deaths, identified MMR as being higher than that found in the state of Pará, reflecting better surveillance on maternal deaths in these locations to the detriment of other regions.…”

“…This is because studies performed in other regions, where states show a more developed socioeconomic standard and Comitês de Mortalidade Materna (CMM -Committees on Maternal Mortality) investigate maternal deaths, identified MMR as being higher than that found in the state of Pará, reflecting better surveillance on maternal deaths in these locations to the detriment of other regions. 5,[40][41][42][43] Moreover, according to a study 44 conducted in the United States, pre-eclampsia should be dealt with and treated to prevent maternal and fetal deaths, as it is considered to be a severe pregnancy disorder that affects up to 8% of pregnant women in this country.…”

“…MM is an intrinsic indicator of the population's quality of life and it is considered to be a violation of human rights, mainly because it is a preventable tragedy in nearly 92% of cases, thus representing a public health issue. [1][2][3][4][5][6] In light of this, themes connected to women's health and associated with the gestational period and MM have become more relevant in the international political context, especially after 2000, when the theme was the "Fifth Millennium Development Goal (MDG)". One of its objectives is the reduction in maternal mortality rate by 75% until 2015.…”