“…Um trabalho que procura desafiar e derrubar as estruturas sociais, políticas e epistêmicas da colonialidade -estruturas até agora permanentes -que mantêm padrões de poder enraizados na racialização, no conhecimento eurocêntrico e na inferiorização de alguns seres como menos humanos. (Walsh, 2009, p. 24) Considerando ainda o que Neto (2018) propõe sobre a genealogia de uma Pedagogia Decolonial Latino-Americana alicerçada em Freire e Fals Borda, podemos sintetizar seus aspectos como uma pedagogia que: (i) valoriza educadores subversivos, no sentido de reconstruirmos as nossas realidades por meio da constante libertação e emersão das colonialidades opressoras; (ii) está ligada aos saberes e realidades locais, glocais 22 , regionais, nacionais e transnacionais; (iii) preza pelas memórias coletivas, pela recuperação das histórias e pelos movimentos sociais de resistências em detrimento dos epistemi- 21 Exemplos dessas lutas são a memória coletiva e os processos pedagógicos coletivos de comunidades do Pacífico afro-equatoriano impactadas pelo extrativismo. De acordo com Walsh (2013), para a pedagogia afro-decolonial do afroesmeraldeño Juan García Salazar, devemos valorizar o Buen vivir: -"sumak kawsay" para os indígenas -em que o território e toda a sua cosmologia, saberes, espiritualidades e bem-estar coletivo são considerados.…”