Formação de professores de língua e decolonialidade: o estágio supervisionado como espaço de (re) existências

Abstract

Neste trabalho, objetivamos construir uma compreensão sobre o estágio na Licenciatura em Letras que se proponha a assumir um dos desafios colocados à formação docente: preparar o futuro profissional para criar possibilidades de aprendizagem em contextos diversos cultural e socialmente. Tal diversidade é refletida a partir da crítica à colonialidade como modo de subjetivação. Argumentamos que o lugar do estágio, na sua interseção entre a prática acadêmica e profissional, configura-se como um cenário potente para uma educação cujos projetos de ensino orientem-se por um trabalho que se ocupe em refletir e diminuir desigualdades sociais ao fazer uma pedagogia decolonial que aposte na mudança de atitudes. Para isso, apresentamos reflexões de práticas desenvolvidas por nós na orientação do estágio de Língua Portuguesa em duas universidades federais mineiras, concluindo com a proposição de três princípios para uma formação docente decolonial.Palavras-chave: Formação docente; Decolonialidade; Letramento.

Por práticas decoloniais no ensino da língua inglesa: atitudes e posturas outras com o uso das tecnologias digitais

“…Assumir intenções pedagógicas decoloniais é conceber uma pedagogia crítica (não neutra e transgressora), dialógica, transformadora e que valorize as vozes dos sujeitos sociais/culturais. Em consonância com esse pensamento, Leroy (2020) destaca a criação de espaço de escuta/diálogo, assim como a promoção de práticas e eventos de letramento outro. Certamente, sem negligenciar as demandas do mundo contemporâneo e os problemas sociais urgentes da atual fase do capitalismo neoliberal, que oblitera as diferenças como: as categorias de "classe, sexuais, de gênero, espirituais, linguísticas, geográficas e raciais" (GROSFOGUEL, 2008).…”

“…Estas discussões passaram a tomar centralidade em nossas aulas. Dessarte, passarei a descrever brevemente três práticas pedagógicas desenvolvida na perspectiva decolonial em contexto pandêmico por meio do uso das TD, utilizando como dispositivos disparadores: o gênero textual biografia, o vídeo da escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie "Perigo de uma história única" e a produção do portfólio como dispositivo de avaliação e autorreflexão (LEROY, 2020).…”