2005
DOI: 10.1590/s0102-79722005000300008
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Para que serve uma subjetividade? Foucault, tempo e corpo

Abstract: ResumoO presente artigo procura retomar a mudança de rumo da obra de Foucault que determinou o enfoque sobre a subjetividade, sobretudo nos dois últimos volumes de História da Sexualidade. Com isso, nossa atenção volta-se para os marcos da definição de subjetividade como processo ou prática, que são a relação com o tempo e a dimensão transformacional ou criativa do corpo. Tal investigação conceitual sobre a subjetividade em Foucault procura indicar, outrossim, de que maneira a criação filosófica está relaciona… Show more

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“…Apesar dos saberes e poderes que sustentam essa dicotomia e que pretendem domar a subjetivação, tornando-a homogênea, as experiências singulares lhe extrapolam, perfazendo uma história de resistência (Cardoso, 2005) e demandando novos olhares para contemplar o fenômeno. Exalta-se a necessidade de resgatar a possibilidade de vivenciar a experiência da maternidade de diversas maneiras de acordo com a subjetividade (individual e social), interesses, valores, necessidades e possibilidades de cada mulher.…”
Section: Rafaella Pinheiro Cesario E Daniel Magalhães Goulartunclassified
“…Apesar dos saberes e poderes que sustentam essa dicotomia e que pretendem domar a subjetivação, tornando-a homogênea, as experiências singulares lhe extrapolam, perfazendo uma história de resistência (Cardoso, 2005) e demandando novos olhares para contemplar o fenômeno. Exalta-se a necessidade de resgatar a possibilidade de vivenciar a experiência da maternidade de diversas maneiras de acordo com a subjetividade (individual e social), interesses, valores, necessidades e possibilidades de cada mulher.…”
Section: Rafaella Pinheiro Cesario E Daniel Magalhães Goulartunclassified
“…A noção de subjetividade utilizada neste artigo parte dos conceitos utilizados por Foucault, a partir da década de 1980, nos dois últimos volumes da História da Sexualidade. Esta fase da sua produção intelectual, considerada por alguns autores como um terceiro e último momento, o da estética da existência (antecedido pela fase da arqueologia do saber e pela fase da genealogia do poder), corresponde àquela em que Foucault analisa as práticas pelas quais nos tornamos sujeitos, isto é, os caminhos que percorremos para tomarmos a forma que nos caracteriza neste momento histórico, em termos de como o sujeito se relaciona com a verdade, e não mais especificamente o modo sobre como a verdade recai sobre o sujeito (Cardoso Jr, 2005).…”
Section: Na Produção De Pistas Sobre O Mod O De Subjetivação D Os Artunclassified
“…Já não se trata de pensar uma subjetividade estática e universal, mas sim de modos de subjetivação que se produzem historicamente como práticas de si, e se constituem em práticas discursivas e em relações de poder, caracterizadas principalmente pela heterogeneidade e descontinuidade das suas formas em acontecimentos históricos (Cardoso Jr, 2005). Esse entendimento de produção de um sujeito aproxima-se da noção de modos de vida, que se produzem e são produzidos nos jogos de força da pragmática do poder e do saber; refere-se a uma existência que se relaciona com as coisas, com os discursos, com o tempo, e, por isso, é variante, efémera, mutável.…”
Section: Na Produção De Pistas Sobre O Mod O De Subjetivação D Os Artunclassified
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“…As maneiras de realizar a experiência de si, os processos de subjetivação, são organizadas, então, conforme a produção e articulação de tais domínios historicamente; derivam do saber e do poder, mas não dependem deles (FOUCAULT, 2010) (ARAÚJO, 2001) (DELEUZE, 2005). Envolvem, pois, uma relação com o tempo e, com isso, o abandono de uma ideia de subjetividade marcada por imutabilidade e ixidez (CARDOSO JR., 2005).…”
Section: A Proposta Teórico-ilosóica De Michel Foucaultunclassified