Primeiramente, agradeço a meu orientador, Prof. Dr. Reinaldo Furlan, que me acompanha há oito anos, em uma trajetória de pesquisa na qual cada trabalho encerrado, cada relatório entregue, antes de compor em mim um término, abriu-me cada vez mais aos meus "impensados", à questão perene em que somente resvalo, em aproximação assintótica, infinita, nunca acabada. Essa relevância à questão é a ele quem devo. Agradeço também à minha família e ao Cássio, cariátides de minha arqueologia, sem os quais nunca poderia abrir-me profundamente ao sentido existencial que esse trabalho ganha em minha vida. Se, como Barbaras, o desejo é "desejo de mundo", eles compõem aquilo que tenho de mais profundo e mais central no mundo que amo. Não posso esquecer aqui todos aqueles que estiveram ao meu lado, apoiando-me em minhas dúvidas, fortalecendo minhas experiências e, principalmente, através do olhar crítico, ampliando meu mundo para além do monastério que muitas vezes a academia parece representar na vida de muitos: Agradeço então a Alice e Eduardo, dois vértices desse trio presente positivamente (em relação aos quais sou o mais longínquo ponto nesse trilátero isósceles, e espero que nunca edipiano) e também a Rodrigo, Amanda e Arthur, lados de um sexteto que se faz presente por sua ausência, seu oco. Apolo, agradeço-lhe por todos os momentos em que me retirou do trabalho, digitou em meu texto, necessitou de passeios (me levou para universos nunca antes conhecidos, dentro dos quais podemos observar detalhadamente o vagar e obeso movimento obsessivo das camadas "medianas" da cidade) e, por fim, cercou-me de fofuras, espirros e essencialmente de carinho. Também agradeço a meu Inconsciente, co-autor oculto, muitas vezes freio de mão puxado, outras transbordando em uma maré em benquista pescaria, sempre fugaz, surgindome pelo canto dos olhos, fulgurando-me telepaticamente dos confins de minha vista, no entremeio de minhas percepções. Ou seja, senhor de meu humor e de toda chacota até hoje realizada. Agradeço, por fim, a todos que, passando em minha vida, não só deixaram-me proveitosos fluxos vitais, mas também se fizeram para mim o lado visível da filosofia invisível que, mais do que acrescentar-me conhecimento, abriu-me novos níveis de sentido, novas aberturas, novos modos de ser.