Este texto investiga a passagem sartriana à filosofia primeira. O mérito maior da fenomenologia – a superação da querela entre realismo e idealismo – será comprometido pelo pensamento ulterior de Husserl, caracterizado como “idealista”. Recusando o conceito de noema irreal, Sartre procurará retomar os “verdadeiros princípios” da fenomenologia, reinaugurando o discurso da filosofia primeira.
Este artigo investiga a crítica merleau-pontiana ao idealismo moderno a partir do modelo reflexivo adotado por este último. Procura mostrar a necessidade em que o filósofo se vê de superar a separação entre o domínio da "sensibilidade" e do "entendimento", como condição para redefinir o problema da racionalidade. Procura mostrar ainda que a "reflexão radical" proposta por Merleau-Ponty, em oposição à reflexão idealista, leva-o a retomar as tarefas que outrora cabiam à metafísica clássica. This paper investigates Merleau-Ponty's criticism of modern idealism, which stems from the reflective model adopted by the latter. It aims at showing the need the philosopher has of going beyond the separation between the realm of "sensitivity" and the one of "understanding", as a condition to redefine the problem of rationality. It aims also at showing that the "radical reflection" proposed by Merleau-Ponty, as opposed to idealistic reflection, leads him to resume the tasks that used to be dealt with by classical metaphysics
Esse artigo investiga a fenomenologia do tempo de Merleau-Ponty e centra seu foco na crítica merleau-pontiana às "Lições sobre a consciência íntima do tempo" de Husserl. A partir dessa crítica e da diferença entre os dois autores, o artigo mostra como Merleau-Ponty se afasta do modelo husserliano de uma fenomenologia da Razão.Merleau-Ponty. Husserl. Tempo. Sujeito. Transcendental. Empírico. Time and Subject The transcendental and the empirical in Merleau-Ponty´s PhenomenologyAbstractThis article investigates Merleau-Ponty´s phenomenology of time and focuses on Merleau-Pontys critique of Husserls Lessons about the intimate consciousness of time. Based on this critique and on the difference between the two authors, the article shows how Merleau-Ponty moves away from the Husserlian model of a phenomenology of Reason.Merleau-Ponty. Husserl. Time. Subject. Transcendental. Empirical.
Este texto pretende mostrar a crítica de Merleau-Ponty à ontologia do ser e do nada de Sartre. Contra o modelo da contradição, típica dessa ontologia, Merleau-Ponty retoma a noção kantiana de grandeza negativa e o seu modelo de oposição real.
resumo Esse texto é a apresentação inicial de uma leitura de conjunto da obra de MerleauPonty. Ele é essencialmente crítico pois nele apenas discutimos as interpretações de Carlos Alberto Ribeiro de Moura e Renaud Barbaras -interpretações que, apesar de suas diferenças, convergem no diagnóstico de que se trata de uma "filosofia da consciência". Procuramos mostrar o que nos parece insuficiente e parcial nessas interpretações.palavras-chave Merleau-Ponty; "filosofia da consciência"; cogito; sujeito São bem conhecidas as autocríticas de Merleau-Ponty, sobretudo aquelas contidas nas "Notas de Trabalho" de O visível e o invisível. E sabe-se também que o tema maior de todas elas é o cogito. Por que o cogito é um problema? A resposta a esta questão tem consequências decisivas para a interpretação de toda a doutrina. Gostaríamos de puxar o fio da meada do cogito a partir de dois dos melhores intérpretes de MerleauPonty, Carlos Alberto Ribeiro de Moura e Renaud Barbaras, a fim de discutir a doutrina em conjunto. Para além do "racionalismo" ou do "intelectualismo" destacado pelos intérpretes, gostaríamos de sugerir outra interpretação.
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