2021
DOI: 10.1590/1982-2553202146768
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“Ô bicharada, toma cuidado: o Bolsonaro vai matar viado!” Cantos homofóbicos de torcidas de futebol como dispositivos discursivos das masculinidades

Abstract: Resumo Sugere-se, neste artigo, que os cantos homofóbicos entoados pelas torcidas de futebol operam como dispositivos discursivos das masculinidades. No escopo de nossas reflexões, compreendemos tais discursos como corresponsáveis por propagandear/propagar discursos de ódio contra a população gay, como partícipes de uma rede discursiva que envolve outras modalidades de práticas homofóbicas (tais como os assassinatos) e, ainda, como dispositivos pedagógicos que, nos estádios e também para além deles, ensinam so… Show more

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“…Aparentemente, essa questão não ocupa a agenda de produção científica na área das ciências sociais ainda que seja revelador dos elementos que determinam o pacto social que silencia frente às múltiplas formas de violência física, psicológica e simbólica a que pessoas LGBTQIA+ estão submetidas cotidianamente. Destes 13 textos localizados, encontramos que 2 deles se dedicam ao futebol feminino (MOREIRA et al, 2019;TRAJANO et al, 2017), 5 à questão das torcidas organizadas e do torcer (PINTO, 2014;MOURA, 2019;MENDONÇA;MENDONÇA, 2021;PINTO;ALMEIDA, 2018), 6 sobre preconceito racial e homofóbico no futebol (ALMEIDA; SILVA, 2012;MOURA, 2017;CAMARGO, 2018;MARTINS;ASSUNÇÃO, 2019;PEREIRA et al, 2019;SOUZA, 2020). Chama a atenção que os textos que aparecem na busca desse portal foram publicados a partir da segunda década do século XXI, sendo um de 2012, um de 2014, dois de 2017, dois de 2018, quatro de 2019, um de 2020 e um de 2021.…”
Section: -22unclassified
“…Aparentemente, essa questão não ocupa a agenda de produção científica na área das ciências sociais ainda que seja revelador dos elementos que determinam o pacto social que silencia frente às múltiplas formas de violência física, psicológica e simbólica a que pessoas LGBTQIA+ estão submetidas cotidianamente. Destes 13 textos localizados, encontramos que 2 deles se dedicam ao futebol feminino (MOREIRA et al, 2019;TRAJANO et al, 2017), 5 à questão das torcidas organizadas e do torcer (PINTO, 2014;MOURA, 2019;MENDONÇA;MENDONÇA, 2021;PINTO;ALMEIDA, 2018), 6 sobre preconceito racial e homofóbico no futebol (ALMEIDA; SILVA, 2012;MOURA, 2017;CAMARGO, 2018;MARTINS;ASSUNÇÃO, 2019;PEREIRA et al, 2019;SOUZA, 2020). Chama a atenção que os textos que aparecem na busca desse portal foram publicados a partir da segunda década do século XXI, sendo um de 2012, um de 2014, dois de 2017, dois de 2018, quatro de 2019, um de 2020 e um de 2021.…”
Section: -22unclassified
“…Assim, igualmente entram em campo (e nas arquibancadas) as questões de gênero, no qual conceitos como resistência e resiliência são importantes para explicar a presença das mulheres neste universo tão propenso a desenvolver práticas machistas (Goellner, 2021). Também é importante mencionar as tensões do futebol em relação a sexualidades, pois as manifestações de homofobia são muito comuns em estádios, a ponto de serem banalizadas e consideradas mais como algo folclórico e satírico do que uma manifestação de ódio e preconceito Mendonça, 2021).…”
unclassified
“…Tomemos a separação entre protestantes históricos (não-pentecostais) 4 e pentecostais 5 : ao denominar os primeiros de históricos, teríamos a impressão de que os pentecostais não possuem história. De fato, as igrejas associadas ao protestantismo "histórico" (MENDONÇA, 1995) reivindicam sua herança da Reforma européia e do missionarismo americano. Os pentecostais, por sua vez, foram considerados seitas, agências de cura divina, um desvio do protestantismo, tendo-lhes sido negados na linguagem acadêmica e jornalística o status de religião 4 Os protestantes não-pentecostais representam os presbiterianos, metodistas, luteranos, episcopais e batistas, que se instalaram no Brasil ao longo do século XIX.…”
Section: Conceito De Cultura -Para Uma História Cultural Do Protestan...unclassified
“…No Brasil, protestantes que haviam se envolvido com política e causas sociais nos Estados Unidos em meados do século XIX, decidiram não se envolver com esses assuntos por aqui. Acreditavam que o seu envolvimento havia resultado na Guerra de Secessão (1861-1865), por isso adotaram uma postura apolítica e voltada para a salvação individual de almas(MENDONÇA, 1995).…”
unclassified