The study evaluates the Brazilian response to the targets established by UNGASS for the prevention of HIV/AIDS. The analysis was based on national research, documents and information from the National Program for STD/AIDS and on state-level action plans and targets. Brazil relies on various prevention policies to attain the UNGASS targets proposed for 2005. These include: addressing discrimination issues, promotion of HIV testing, distribution of condoms, needle exchange programs, discussion of sexuality in schools, prevention initiatives for sex workers and homosexuals and prevention in the workplace. These have resulted in increases in testing and condom use. Various challenges are discussed, including: overcoming discontinuity in action plans (particularly with more vulnerable groups), training prevention teams, increasing monitoring of quantity and quality of preventative actions and overcoming regional, racial and gender inequalities. It is concluded that the right to prevention is not a priority for entities of social control, nor is it on the social movement agendas. This contrasts with the right to better HIV treatment. In order to increase the efficacy of these programs, it is suggested that they be understood and incorporated based on the promotion and guarantee of human rights, thereby advancing the ethical/political debate at local and national levels.
This paper discusses the relationship between the public and private sectors in the Unified National Health System (SUS)A inter-relação público/privado no processo de implantação do SUS assume distintas perspectivas -política, econômica, administrativa, técnica ou jurídica -objetivando tanto impasses estruturais histórico-sociais, tais como a concentração de renda e o predomínio de interesses de grupos específicos e de setores econômicos particulares na conformação do setor, quanto problemas decorrentes das novas estratégias e redesenho institucionais no marco da relação Estado/sociedade, como o processo de privatização de setores estratégicos (inclusive saúde), o papel das agências reguladoras, a pactuação entre entes federados, dentre outros.Essa inter-relação expressa a forma e o tipo de inserção e participação dos atores sociais na definição e acompanhamento de políticas públi-cas. Envolve, necessariamente, a discussão sobre o controle do sistema, redefinindo e reposicionando o Estado em relação ao setor privado na saúde.No Brasil, a regulação tem como fundamentação a macro política de ajuste econômico, de viés neoliberal, a partir da privatização de setores estratégicos, tais como as telecomunicações e energia elétrica. Por outro lado, para o esta-ARTIGO ARTICLE
O desenvolvimento de um pensamento social em saúde, recente no Brasil, está relacionado com a constituição da Saúde Coletiva e da Associação Brasileira de Pós-graduação em Saúde Coletiva (ABRASCO). Com a criação da ABRASCO, constituiu-se também a área de Ciências Sociais. Este artigo apresenta os principais aspectos referentes à constituição e institucionalização das Ciências Sociais em Saúde na ABRASCO, com base nos depoimentos de seus presidentes e coordenadores das Comissões de Ciências Sociais no período de 1995 a 2011. Os depoimentos possibilitaram captar e analisar o contexto de constituição desse campo, sua relevância e trajetória no conjunto da Saúde Coletiva, tendo sido agrupados em cinco eixos de análise: (1) o desenvolvimento das Ciências Sociais e Humanas em Saúde; (2) a Saúde Coletiva e a interdisciplinaridade; (3) a contribuição das Ciências Sociais à Saúde Coletiva; (4) as Ciências Sociais em Saúde e as Ciências Sociais “tradicionais”; e (5) os desafios para as Ciências Sociais e Humanas em Saúde.
Os Congressos Brasileiros de Ciências Sociais e Humanas em Saúde da Abrasco: um campo científico em disputaThe Brazilian Congresses of Social and Human Sciences in Health of Abrasco: a scientific field in disputeResumo Atualmente, no Brasil, configura-
Nos dias de hoje, é cada vez mais perceptível a importância das Ciências Sociais para a consolidação da Saúde Coletiva no Brasil. Compreender, portanto, a trajetória dos profissionais que de certa forma fundaram o campo e o mantiveram é, enfim, compreender a própria trajetória teórica e prática dessa área, evidenciada, também, nos congressos de Ciências Sociais em Saúde realizados pela Abrasco. No contexto dessa discussão, o presente artigo realiza um mapeamento do perfil dos presidentes da Abrasco e dos coordenadores das Comissões de Ciências Sociais que ocuparam esses cargos entre 1995 e 2011, anos em que aconteceram os Congressos Brasileiros de Ciências Sociais e Humanas em Saúde. Foram realizadas 13 entrevistas com presidentes da Abrasco e com os coordenadores das Comissões de Ciências Sociais, em suas diferentes gestões. Apesar de este artigo assumir caráter mais descritivo acerca da constituição e institucionalização das Ciências Sociais em Saúde na Abrasco, acredita-se que a compreensão do processo de conformação desse subcampo a partir da fala dos agentes que o constituem seja extremamente profícua para os debates atuais sobre o lugar das Ciências Sociais no campo da Saúde Coletiva.
A disciplina de História Natural está inscrita nos currículos do ensino secundário brasileiro desde a criação do Colégio Pedro II em 1837. Essa disciplina, de característica essencialmente descritiva, foi bastante influenciada pelo método intuitivo que propunha a organização de museus escolares como instrumentos de ensino. Nesse sentido, a Escola Normal de São Paulo, criada para ser uma referência na formação de professores, adquiriu um importante acervo de animais taxidermizados, animais fixados, modelos e esqueletos para constituir um Museu de História Natural. Esse trabalho se apoia na ideia de que as disciplinas escolares são objetos históricos e na proposição de que os objetos escolares constituem um patrimônio cultural a ser preservado. Essa pesquisa foi desenvolvida a partir da análise dos inventários da Escola Caetano de Campos do final do século XIX e do atual acervo de objetos, com os objetivos de entender as características da cultura material da disciplina de História Natural e contribuir com as discussões sobre a preservação do patrimônio científico educativo. Os resultados indicaram que, embora ao longo do século XX tenha ocorrido a perda de muitos objetos dessa instituição escolar e um prejuízo para o patrimônio cultural e para a memória dessa escola, ainda restaram exemplares que oferecem importantes indícios sobre a educação em ciências no período investigado.
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