2008
DOI: 10.1590/s1414-32832008000200016
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

O amor nos tempos de Narciso

Abstract: Ainda que o discurso da ciência e da política reserve à vida amorosa o espaço da norma e da ordem, na clandestinidade, o amor (e seus prazeres e ciladas) sobrevive intensamente nos entremeios dos lugares das responsabilidades sociais, depois (ou antes) dos estudos, da carreira profissional, da conquista de bens e da reprodução da família. O desejo amoroso se espalha e contamina qualquer ambiente, dandolhe contornos eróticos ou amorosos -amizades, parcerias, paqueras, casos, namoros. O amor transborda os limite… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
2
1
1

Citation Types

0
0
0
19

Year Published

2017
2017
2022
2022

Publication Types

Select...
4
1

Relationship

0
5

Authors

Journals

citations
Cited by 6 publications
(19 citation statements)
references
References 0 publications
0
0
0
19
Order By: Relevance
“…Os participantes, expostos até o momento (P1 e P4), apresentaram escolha predominantemente anaclítica e seus relacionamentos foram caracterizados como mais longos. No artigo intitulado Amor nos tempos de Narciso, Rios (2008) afirma que é preciso ultrapassar os ideais narcísicos, para que possamos chegar à alteridade e reconhecer o outro. Podemos hipotetizar que os relacionamentos mais longos proporcionam esse reconhecimento do outro como alteridade, possibilitando o predomínio de uma relação anaclítica.…”
Section: Resultsunclassified
See 3 more Smart Citations
“…Os participantes, expostos até o momento (P1 e P4), apresentaram escolha predominantemente anaclítica e seus relacionamentos foram caracterizados como mais longos. No artigo intitulado Amor nos tempos de Narciso, Rios (2008) afirma que é preciso ultrapassar os ideais narcísicos, para que possamos chegar à alteridade e reconhecer o outro. Podemos hipotetizar que os relacionamentos mais longos proporcionam esse reconhecimento do outro como alteridade, possibilitando o predomínio de uma relação anaclítica.…”
Section: Resultsunclassified
“…Nossa cultura contemporânea produz indivíduos que buscam cada vez mais a si mesmos, a si próprios como objetos de amor (Rios, 2008). Conforme apresentaremos em outra categoria, o próprio sofrimento diante da perda parece tornar os participantes mais individualistas, como forma de protegerem-se de um novo sofrimento, independentemente de a escolha ter ocorrido com base narcísica ou anaclítica.…”
Section: Resultsunclassified
See 2 more Smart Citations
“…A palavra ilusão justifica-se aqui pelo fato de que a falta, constituinte do aparelho psíquico, é indissolúvel, e o amor, em meio a isso, tornase uma esfera da dimensão humana que emerge como tentativa de supressão dessa falta inerente ao aparelho psíquico. Ainda no âmbito da psicanálise, Rios (2008) nos aponta que o amor caracteriza-se por uma ação de investimento de energia psíquica, isto é, libido, sobre um objeto, ao mesmo tempo em que é fonte de prazer e base para a construção permanente da identidade. Durante a fase do desenvolvimento psicossexual, denominada por Freud de narcisismo primário, o eu e o outro constroem-se por meio de uma relação de espelhamento, o que significa dizer que o objeto amado é visto e valorizado em razão de sua semelhança com o eu, constituindo-se, assim, uma relação amorosa do tipo narcísica (Rios, 2008).…”
unclassified