Seduzidos pelo fascínio que o amor exerce nos mais diversos âmbitos da experiência humana, e convencidos da natureza polissêmica e sempre renovada dos nós amorosos, sentimo-nos instigados a investigar o lugar reservado à alteridade nas relações amorosas na contemporaneidade. Para tanto, estudamos a temática do amor, abordando-a sob diferentes enfoques teóricos. Dentre eles, destacamos as considerações de Zygmunt Bauman, Emmanuel Lévinas, Anthony Giddens e Gilles Lipovetsky, ao mesmo tempo em que, como substrato teórico, atrelamo-nos à noção psicanalítica do amor como suplência à falta constitutiva do sujeito. Por fim, persuadidos das múltiplas formas de arranjo entre o amor e a alteridade, seja pautada pela ética de uma alteridade radical, pela demanda narcísica de um modelo hedonista de sociedade ou pela frouxidão dos laços de um amor líquido, apontamos que, para além dessas questões, o amor encerra uma dimensão estética, cuja relação estabelece-se com o desejo, a beleza e a criação.
Este artigo discute a representação do eu e sua relação com as novas “tecnologias do olhar”. Convidaram-se usuários do Facebook a escolher uma autoimagem de seu perfil e responder questões sobre tal escolha (significado, relação com a história de vida, razões para partilhar, reações dos amigos, estímulo para novas postagens). Foram analisadas tematicamente as respostas de 33 jovens, em sua maioria, universitários entre 20 e 30 anos. Os achados destacam imagens e argumentos associados à diversão, felicidade e autenticidade, valores disseminados na sociedade de consumo. Estar no Facebook envolve o monitoramento da atividade (própria e alheia) de partilhar imagens pessoais e observar a sua recepção nesse espaço. Essas são utilizadas para transmitir uma imagem pessoal desejável, que exprime o estilo de vida e não a história de vida do usuário. Conclui-se que o compartilhamento de imagens nas redes sociais desempenha papel decisivo na construção da identidade pessoal hoje.
um centro de tratamento do câncer infanto-juvenil, as intervenções psicológicas têm o objetivo de prestar assistência a pacientes que serão submetidos a exames invasivos, tais como: Biópsia Óssea, Mielograma e Punção Lombar; assim como aos seus acompanhantes. em sua maioria, a díade apresenta sinais claros de ansiedade e medo devido às situações que permeiam a realização e o resultado dos procedimentos. Tal fato se deve, em parte, pelo desconhecimento sobre o que se passa no centro cirúrgico. Assim, a realização dos exames é carregada de fantasias e medos que geram grande ansiedade e dificultam a realização dos procedimentos. por esses motivos, decidiu-se construir um álbum seriado lúdico que mostra diretamente, por meio de fotografias reais editadas, todo o ambiente do centro cirúrgico e as características particulares de cada exame. Dessa maneira, as díades têm a oportunidade de abandonar as explicações mágicas e egocêntricas e pode compreender a doença de uma forma mais lógica. Objetivos: Identificar dados sócio demográficos e assistenciais dos sujeitos envolvidos; verificar e comparar o conhecimento dos sujeitos da pesquisa acerca dos exames, bem como conhecer/analisar o estado emocional desses frente aos exames, antes e depois da apresentação do álbum seriado. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo e prospectivo, com metodologia qualitativa. o estudo teve início em Julho 2013 com previsão de término em Junho 2014. a coleta de dados foi realizada de 01 de setembro a 30 de novembro de 2013, tendo como público-alvo pacientes, a partir de sete anos de idade, de ambos os sexos, em fase diagnóstica ou em tratamento do câncer e acompanhantes acima de 18 anos que consentiram livre e esclarecidamente com tal colaboração. Resultados: Foram coletados 45 protocolos, durante o período citado, e verificou-se em relação aos dados sociodemográficos que 86% dos pacientes eram adolescentes, 72% com ensino fundamental incompleto e 86% estavam realizando o exame para controle da doença, ou seja, já o tinham realizado mais de uma vez. no que se refere aos acompanhantes, 87% eram mães e adultas, e 35% tinham ensino médio completo, além disso, constatou-se que em 52% dessa população, o paciente já havia realizado o exame anteriormente. a análise qualitativa encontra-se em andamento. Conclusões: Considera-se, através dos dados iniciais, que o álbum se mostrou como um importante recurso de mediação entre a equipe de Psicologia e os pacientes, e configurou-se como um instrumento para a realização de intervenções psicoeducativas que podem ajudar no conhecimento sobre a doença, no ajustamento emocional, na criação de estratégias de enfrentamento, na colaboração e adesão ao tratamento e, principalmente, na melhoria da qualidade de vida do paciente, que se sente mais autônomo, implicado e participante desse processo.
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