As árvores urbanas proporcionam inúmeros benefícios para a população, contribuindo significativamente para a melhoria da qualidade de vida. Contudo, tem sido frequente os transtornos ocasionados por queda de árvores nas grandes cidades. Desta forma, o objetivo da presente pesquisa foi realizar um diagnóstico sobre a queda de árvores urbanas em Belo Horizonte-MG. Para isso, os dados foram coletados por meio de amostragem aleatória após a ocorrência das quedas, entre os anos de 2015 e 2018. Sempre após o registro da queda, no local de ocorrência foram coletas as seguintes informações: identificação botânica, porte, condição de plantio, local de ruptura; qualidade da copa, troco e colo; presença de pragas ou sinais de doença. A análise, realizada em 69 exemplares arbóreos indicou a queda de 24 espécies pertencentes a 10 famílias botânicas. Sete espécies foram responsáveis por aproximadamente 60% das quedas registradas, destas, destacaramse as espécies Pachira aquatica e Libidibia ferrea var. leiostachya responsáveis por 10,1% das ocorrências cada uma e Poincianella pluviosa (8,7%). Apenas 20,3% das árvores apresentaram problemas fitossanitários, desencadeados principalmente pelo ataque do besouro metálico e por cupins nas raízes. A maioria foram plantadas em calçadas e apresentavam grande porte (76,8%), com boas condições de copa (88%), tronco (88%) e colo (95%), não evidenciando problemas, sendo a ruptura ocorrida principalmente nas raízes (82,6%). Conclui-se, a condição de plantio onde houve falta de espaço ou dificuldade de enraizamento no solo urbano, teve relação direta com a queda, evidenciando a dificuldade de ancoragem em árvores de grande porte.