2010
DOI: 10.11144/javeriana.upsy10-3.mcmr
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Mulheres ciganas: medo, relações intergrupais e confrontos identitários

Abstract: Através da Teoria da Identidade Social buscou-se conhecer os estereótipos presentes no imaginário rural associados ao grupo cigano, bem como os sentimentos associados a esta etnia. Foram entrevistadas 10 mulheres rurais, não-ciganas, moradoras de uma comunidade rural brasileira. Realizou-se a organização dos dados através do software Alceste e da Análise de Conteúdo. A análise das informações nos permitiu identificar o sentimento de medo como importante orientador das práticas relacionadas aos ciganos, confirm… Show more

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“…São representações que denotam emoções fortes e negativas face ao grupo. Outros estudos tem mostrado que os ciganos, por possuírem uma cultura diferente, são percebidos como um grupo que não se encaixa dentro dos padrões da sociedade dominante (Teixeira, 2008;Souza et al, 2009;Bonomo et al, 2011); sendo percebidos como perigosos, uma ameaça à sociedade, sujos e imorais.…”
Section: Resultsunclassified
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“…São representações que denotam emoções fortes e negativas face ao grupo. Outros estudos tem mostrado que os ciganos, por possuírem uma cultura diferente, são percebidos como um grupo que não se encaixa dentro dos padrões da sociedade dominante (Teixeira, 2008;Souza et al, 2009;Bonomo et al, 2011); sendo percebidos como perigosos, uma ameaça à sociedade, sujos e imorais.…”
Section: Resultsunclassified
“…De modo geral, percebe-se que embora a visão das pessoas que moram longe tenha sido mais positiva, a manutenção do caráter negativo das evocações provavelmente decorre de um longo processo histórico de discriminação e preconceito que vêm se mantendo há séculos e que têm disseminado uma imagem estereotipada dos ciganos, como indicam as análises de pesquisadores do tema (por exemplo, Mota, 1984;Moscovici & Pérez, 1999;Silva, 1999;Calamote, 2008;Silva & Silva, 2002;Teixeira, 2008;Moscovici, 2009;Souza et al, 2009;Bonomo et al, 2011).…”
Section: Resultsunclassified
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“…Todavia, não há dados oficiais sobre a presença dos ciganos em território nacional, tampouco informações sobre suas condições de vida, necessidades e dinâmica de funcionamento grupal, realidade que pode ratificar a condição marginal e de invisibilidade a que têm sido submetidos. Associada a essa marginalização, que caracteriza a história dos ciganos em diferentes contextos e épocas, a imagem negativa e estereotipada de nômades, errantes, ociosos, praguejantes, trambiqueiros e não confiáveis, apresenta-se como um desafio a ser vencido na contemporaneidade (Alexandre, 2003;Bonomo et al, 2011;Silva, Souza, Oliveira & Magano, 2000).…”
Section: Introductionunclassified
“…Estudos já realizados no Estado do Espírito Santo, território em que foi desenvolvida a presente pesquisa, informam que negligência, indiferença e práticas discriminatórias caracterizam a relação entre as instâncias político-administrativas locais e as comunidades ciganas da região, que não têm acesso a recursos basilares à sua sobrevivência e bem-estar (Bonomo, Souza, Brasil, Livramento & Canal, 2010). Relacionada a essa condição excludente, a força do imaginário social repleto de misticismo e de estereótipos negativos associados aos ciganos (Bonomo, et. al., 2011;Bonomo, Trindade, Souza & Coutinho, 2008) contribui para a construção da imagem dos ciganos à margem das sociabilidades reconhecidas como legítimas.…”
Section: Introductionunclassified