A presente investigação teve como propósito apreender e analisar as representações sociais de adolescentes no que diz respeito ao VIH e à SIDA no Brasil. A amostra foi formada por 576 adolescentes, com idade média de 15,67 anos (DP=1.66). Utilizou-se a técnica de associação livre de palavras, com as palavras indutoras "HIV" e "AIDS", a qual foi investigada por meio da análise prototípica, com o apoio do software Iramuteq. Tal análise possibilita definir a estrutura de uma representação social a partir de evocações de palavras, o que permite observar o núcleo central e o sistema periférico da representação social. Entre os achados, salienta-se a definição da palavra "doença" como núcleo central e em seu contorno a definidora "morte" como primeira periferia, o que reforça a crença que o VIH/SIDA é uma doença fatal. Nas demais zonas do sistema periférico ressaltam-se aspectos ligados à afetividade, bem como conhecimentos sobre a disseminação e práticas preventivas. Desse modo, percebe-se que os respondentes possuem conhecimento a respeito das causas, tratamento e prevenção do VIH/SIDA, contudo há a necessidade de implementação de políticas públicas que levem em consideração esses conhecimentos, bem como os estimulem dentre os adolescentes.Palavras-chave: VIH, SIDA, Representações sociais, Adolescente.A adolescência é uma fase compreendida por modificações biopsicossociais que acontecem em grande intensidade, proporcionando novas vivências as quais, somadas à inexperiência, podem aumentar vulnerabilidades e riscos (Bezerra, Pereira, Chaves, & Monteiro, 2015). Geralmente, o início da vida sexual ocorre durante essa fase. Consoante, a iniciação sexual precoce está ligada a sérios riscos, como gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), dentre as quais se pode citar a SIDA (síndrome da imunodeficiência adquirida) a qual é ocasionada pelo VIH (vírus da imunodeficiência adquirida).O VIH emergiu na década de 1980, sendo identificado pela primeira vez nos Estados Unidos em 1981 (Oliveira, 2013) e desde então se difundiu a nível mundial, sendo que pelo menos 36,7 milhões convivem com o vírus no mundo, ao passo que no Brasil existem 830 mil portadores (Joint United Nations Programme on HIV/AIDS -UNAIDS, 2017). Ressalta-se que no Brasil foram notificados 16.371 casos de VIH e 15.653 de SIDA em 2017, sendo que a Região Nordeste destaca-se por apresentar o segundo maior número de casos de VIH (3.680) e de SIDA (3.746) notificados (Brasil, 2017). 15A correspondência relativa a este artigo deverá ser enviada para: José Victor
Neste artigo, adotando a abordagem estrutural das representações sociais, analisamos as representações que sergipanos, que vivem perto ou distante de comunidades ciganas, possuem sobre essa categoria social. A nossa hipótese principal é a de que os que vivem perto possuem imagens mais negativas dos ciganos que os que vivem distante. Participaram da pesquisa 300 não ciganos, dos quais 153 moram perto e 147 residem longe dos ciganos. Foi utilizado um roteiro de entrevista, no qual constava uma associação livre tendo a palavra "ciganos" como termo indutor. Os resultados encontrados mostram que as representações sociais dos ciganos são objetivadas por estereótipos negativos. Confirmando nossa hipótese, os ciganos foram representados principalmente como "diferentes", "criminosos" e "briguentos" pelos que moram perto e como "nômades", "aparência física" e "misticismo" pelos que moram longe. Os resultados são discutidos com base nas teorias sobre preconceito e estereótipos.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.