Abstract:RESUMO:As grandes cidades brasileiras, sobretudo aquelas com rápido crescimento, vêm apresentando nas últimas três décadas sinais de queda no crescimento da população. Diversos fatores têm favorecido essa tendência, tais como aqueles relacionados aos custos sociais resultantes das chamadas "deseconomias de aglomeração", além das políticas públicas periféricos um crescimento da mobilidade, embora tenha ocorrido a redução relativa dos deslocamentos com destino ao núcleo metropolitano. Mesmo que Belo Horizonte te… Show more
“…Além disso, o nosso objetivo não é caracterizar a periferia de RMSP em contraposição com a sede da regi ão metropolitana, mas sim agregar municípios similares e contíguos. Assim, observamos que parte da periferia da RMSP é, na verdade, similar em diversos aspectos ao núcleo metropolitano, sugerindo uma menor polarização espacial entre núcleo e partes da periferia, como observado, por exemplo, por Lobo et al (2017) para dados recentes da RMBH.…”
Section: Resultsunclassified
“…Villaça (2011) aborda a importância da segregação no espaço urbano de São Paulo para além do binômio centro x periferia como mecanismo importante para a compreensão dos deslocamentos urbanos. Lobo et al (2017) estudaram a questão da mobilidade urbana na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) entre 1980 e 2010. Os autores observaram que, apesar de Belo Horizonte ainda deter a centralidade regional, outros municípios da RMBH tinham aumentado sua autonomia econômica.…”
Section: Mobilidade Urbana E Mobilidade Pendularunclassified
O objetivo do estudo é compreender o perfil dos trabalhadores pendulares, considerando a heterogeneidade desse tipo de deslocamento, que é associado às desigualdades socioeconômicas do tecido urbano. Assim, inicia-se a análise com a caracterização do espaço urbano da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), elencando grupos homogêneos contíguos de municípios a partir do uso da Árvore Geradora Mínima (AGM). Os municípios foram classificados em cinco grupos homogêneos contíguos. Parte-se da hipótese de que existam diferenças na dinâmica dos movimentos pendulares segundo uma divisão socioeconômica do espaço metropolitano. Em seguida, foram comparados pendurares e não pendulares em cada um dos grupos homogêneos a partir de modelos logísticos binários. Observou-se que os primeiros diferiam dos últimos em diversos aspectos. De forma a identificar especificidades dos fluxos pendulares segundo esses grupos, foram estimados modelos logísticos multinomiais e notou-se que diferenças nos perfis de pendulares entre os diferentes grupos homogêneos, dependendo do destino desses, revelam traços das desigualdades econômicas e sociais existentes na RMSP. Conclui-se que políticas públicas voltadas para a mobilidade urbana devem considerar as especificidades do território, bem como os aspectos relacionados à escolaridade da população residente, à participação da mulher no mercado de trabalho e aos arranjos familiares.
“…Além disso, o nosso objetivo não é caracterizar a periferia de RMSP em contraposição com a sede da região metropolitana, mas sim agregar municípios similares e contíguos. Assim, observamos que parte da periferia da RMSP é, na verdade, similar em diversos aspectos ao núcleo metropolitano, sugerindo uma menor polarização espacial entre núcleo e partes da periferia, como observado, por exemplo, por Lobo et al (2017) para dados recentes da RMBH.…”
Section: Resultsunclassified
“…Villaça (2011) aborda a importância da segregação no espaço urbano de São Paulo para além do binômio centro x periferia como mecanismo importante para a compreensão dos deslocamentos urbanos. Lobo et al (2017) estudaram a questão da mobilidade urbana na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) entre 1980 e 2010. Os autores observaram que, apesar de Belo Horizonte ainda deter a centralidade regional, outros municípios da RMBH tinham aumentado sua autonomia econômica.…”
Section: Mobilidade Urbana E Mobilidade Pendularunclassified
O objetivo do estudo é compreender o perfil dos trabalhadores pendulares, considerando a heterogeneidade desse tipo de deslocamento, que é associado às desigualdades socioeconômicas do tecido urbano. Assim, inicia-se a análise com a caracterização do espaço urbano da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), elencando grupos homogêneos contíguos de municípios a partir do uso da Árvore Geradora Mínima (AGM). Os municípios foram classificados em cinco grupos homogêneos contíguos. Parte-se da hipótese de que existam diferenças na dinâmica dos movimentos pendulares segundo uma divisão socioeconômica do espaço metropolitano. Em seguida, foram comparados pendurares e não pendulares em cada um dos grupos homogêneos a partir de modelos logísticos binários. Observou-se que os primeiros diferiam dos últimos em diversos aspectos. De forma a identificar especificidades dos fluxos pendulares segundo esses grupos, foram estimados modelos logísticos multinomiais e notou-se que diferenças nos perfis de pendulares entre os diferentes grupos homogêneos, dependendo do destino desses, revelam traços das desigualdades econômicas e sociais existentes na RMSP. Conclui-se que políticas públicas voltadas para a mobilidade urbana devem considerar as especificidades do território, bem como os aspectos relacionados à escolaridade da população residente, à participação da mulher no mercado de trabalho e aos arranjos familiares.
“…Several studies have shown that, since the 1970s, many municipalities in the metropolitan periphery experienced strong population growth, largely as a result of the high volume of migration from the metropolitan core. These migratory flows also reflect the distribution of wealth production in the region, which can be confirmed by a loss of relative participation in Belo Horizonte's GDP in recent decades (LOBO; CARDOSO;MATOS, 2009).…”
Large Brazilian cities, particularly those that have experienced rapid population growth since the middle of the last century, have exhibited significant signs of population dispersion in their peripheries in recent decades. A study of the population's spatial redistribution in the Metropolitan Region of Belo Horizonte (MRBH) confirms this finding. In the process of dispersion, the levels of urban commuting increase, and commuting becomes a relevant indicator of the degree of integration within the metropolis. This paper evaluates the current magnitude and main features of reverse commuting, as characterized by the daily displacements of the population that resides not in the periphery but rather in the core. Flows from the metropolitan core towards the peripheral municipalities are examined using sample microdata on the MRBH municipalities from the 2000 and 2010 demographic censuses by combining the variables of "municipality of residence" and "municipality of work/study." The results indicate an increase in reverse commuting in both absolute and relative terms. When this flow is compared to traditional commuting (periphery/center), the relative values are considerable. In some cases, this relationship reaches notably high values, as the case of Confins (the municipality where the international airport is located), and also municipalities that are part of a relatively old conurbation, such as Nova Lima and Betim.
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