“…No contexto da doença, o espaço lúdico no ambiente hospitalarpode ser encarado como recurso para lidar com as adversidades do processo de doença (Zannon, 1991). As estratégias lúdicas com doentes e famílias através de jogos, por exemplo, apresentam-se Trabajo Social Global -Global Social Work, Vol 10, nº 19, julio-diciembre 2020, 257-280 como ferramentas de transferência de conhecimento, fomentando a coparticipação dos familiares e acompanhantes na assistência à criança doente, aumentando a segurança no cuidado e a redução de riscos e de danos associados aos cuidados pediátricos (Gonçalves, Costa, Silva, Baggio, Corrêa & Manzo, 2020). Em particular, a literatura tem evidenciado a importância das estratégias lúdicas com crianças e jovens direta ou indiretamente afetadas pelo VIH/SIDA, sendo destacados os seus contributos na humanização dos cuidados, no tratamento das crianças e no favorecimento da adesão aos tratamentos, quando as atividades envolvem as famílias das crianças e proporcionado interação entre famílias de crianças doentes (Drummond, Pinto, Santana, Moderna & Schall, 2009).…”