<b> Quimioprofilaxia, acompanhamento clínico e imunizações de crianças expostas ao HIV: avaliação da capacidade familiar / Chemopophilaxia, clinical follow-up and immunizations of children exposed to HIV: assessment of family capacity

Abstract

Objetivo: avaliar se características da família e da criança interferem na capacidade familiar para cuidar de crianças expostas ao HIV, nas dimensões de quimioprofilaxia, acompanhamento clínico e imunizações. Método: Estudo transversal foi realizado com 86 participantes, entrevistados em serviço especializado para HIV, no interior do Rio Grande do Sul, utilizando a Escala de avaliação da capacidade para cuidar de crianças expostas ao HIV. Resultados: A alta capacidade (91,9%) para a quimioprofilaxia com AZT foi significativa quando: 3 a 5 pessoas vivem com a mesma renda (p = 0,10), a criança não tinha irmãos expostos ao HIV (p = 0,033) e não faltaram as consultas (p = 0,10). Para quimioprofilaxia com antibiótico (87,2%): a criança realizou nove ou mais consultas/ano (p = 0,010) e não apresentou problema de saúde (p = 0,008). Para o acompanhamento clínico e imunizações (98,8%): o familiar possuía carteira assinada (p = 0,044) e considerou fácil manter acompanhamento (p = 0,000); a criança não apresentou problema de saúde (p = 0,000) e não fazia outro acompanhamento (p = 0,001). Conclusão: Características da família (≤ 5 pessoas/renda e não ter outras crianças com HIV), do familiar-cuidador (carteira assinada e percepção de facilidade de manter o tratamento) e da criança (não ter outro problema/demanda de acompanhamento de saúde e assiduidade nas consultas) interferem positivamente na capacidade familiar de cuidar.

Resposta ao gerenciamento de conformidade farmacológica e clínica de crianças expostas ao HIV

“…The family support network in homes with relative housing density predominated in the group with high capacity for care, in all three dimensions of the study. This finding validates the results obtained in a cross-sectional study developed in a specialized HiV service using the ability-to-care assessment scale for children exposed to HiV, which showed a relationship between high ability to administer AZT and the presence of three to five people living in the household (13) In this context, nursing, together with the health team, is responsible for the best confrontation of the difficulties concerning mother-child HiV infection. Nursing professionals are active in all phases of the measures recommended for the prevention of VT, since preconception, prenatal period, childbirth, and up to the puerperium.…”

“…The high capacity for care found in the three dimensions evaluated, related to the administration of drug chemoprophylaxis, clinical follow-up, and adherence to the vaccination schedule of children exposed to HiV, converge with similar studies that applied the EAccc-HiV in specialized HiV services. These works were developed in northeastern Brazil, with the participation of 62 HiV-positive mothers with children born exposed to the virus (12), and the southern region of the country, with 86 participants (13). Internationally, the limitation of research studies using the scale makes it difficult to compare the findings with similar studies.…”

Abandonment of health monitoring of babies of mothers with vertical transmission grievance

“…Embora ainda seja visível em nossa sociedade o estigma de "gravidade" nos casos da sífilis e de HIV/ AIDS (16) , observou-se a prevalência de abandono do programa pelas mães do presente estudo já na segunda consulta das crianças, atingindo 73 e 28,6%, respectivamente. As altas taxas de abandono do acompanhamento de bebês no primeiro ano de vida são, em geral, observadas nos acompanhamentos preventivos da criança.…”

“…Um estudo sobre o abandono de acompanhamento infantil, envolvendo mães com HIV/AIDS, apontou a realização de em média quatro consultas, resultado semelhante àquele obtido por esta pesquisa, a qual obteve média de três consultas (16) . Não foram encontrados na literatura estudos voltados à descrição das razões pelas quais os percentuais de abandono na segunda consulta, por crianças cujas mães possuíam sífilis e toxoplasmose gestacional, fossem tão altos.…”

“…O abandono de acompanhamento provoca grandes problemas logísticos dentro do serviço, pois gera lacunas de horários, as quais não podem ser preenchidos na última hora. A falta sem aviso prévio ao prestador de serviço também favorece a criação ou aumento da fila de espera daqueles que estão aguardando uma vaga para entrarem no sistema (16)(17) .…”