Limites e possibilidades da formação inicial para o desenvolvimento de práticas docentes autônomas

Abstract

RESUMOEste artigo reúne bases empíricas de dois projetos de pesquisa mais amplos que focalizam as relações entre formação e profissão docente em cursos de Pedagogia e de Licenciatura em Ciências Biológicas. Objetivamos investigar os saberes mobilizados e⁄ou produzidos por professores especialistas e polivalentes para o desenvolvimento de práticas autônomas e sua relação com a formação inicial. Mobilizamos referenciais teóricos dos Saberes Docentes para a análise da autonomia docente sob um enfoque relacional em depoimentos de professores da educação básica. As informações sobre experiências formativas na graduação e na fase inicial da carreira do magistério foram adquiridas por meio de entrevistas e discussão coletiva e as análises buscaram problematizar relações entre formação, profissão e condicionantes que favorecem o desenvolvimento de práticas autônomas. Os resultados evidenciam fragilidades relativas à formação no que tange às práticas docentes, com destaque para: domínio de conteúdos e metodologias de ensino. Os depoimentos apontam, também, que determinados temas foram mal compreendidos ou despertaram pouco interesse na ocasião da graduação, mas passaram a fazer sentido ou a gerar inquietações após os embates com as exigências da escola. As interpretações dos depoimentos apontam para a necessidade de valorização da dimensão profissional da

Professional training and autonomy of nursing teachers in the qualification of higher education in nursing

“…Although most respondents expressed an individualistic conception of autonomy, some see it is a conscious and singularized capacity to act that mediates the relationship between institutional norms and the needs arising from the teaching and learning process. This posture strengthens the collective perspective and the construction of autonomy (8,(12)(13)15) that occurs in everyday life through a critical-reflexive praxis mediated by dialogue with all agents involved in education processes (8,23) .…”

“…Teacher autonomy should be reflexive and given its historicalsocial construction, it bears an intimate relationship with historical, cultural and social changes suffered over time (8)(9) . Contrary to the solipsist conception, the contemporary view of teacher autonomy reveals a negotiated construction between teachers' conscious and reflective desires and institutional and social norms and rules (14)(15) , because autonomy is based on experience, decisions and conflicts lived collectively (8,16) .…”