Interações Medicamentosas Potenciais Na Farmacoterapia De Idosos Atendidos Em Farmácia Básica Do Sul Do Brasil

Abstract

RESUMOInteração medicamentosa indesejável está entre as principais causas dos problemas relacionados aos medicamentos, podendo ocasionar prejuízos na recuperação da saúde do paciente. O objetivo foi investigar a ocorrência de interações medicamentosas na farmacoterapia dos idosos atendidos na Farmácia Básica de Santa Cruz do Sul -RS. Estudo transversal, com coleta de dados entre Agosto a Setembro de 2014, através de entrevista individual. As interações medicamentosas foram obtidas através do software Micromedex ® Solutions. Dos 204 regimes terapêuticos analisados, 54,4% continham pelo menos uma interação medicamentosa. A gravidade das interações encontradas foi: menor (n=26), moderada (n=160) e maior (n=45). O Ácido Acetilsalicílico teve a maior prevalência (23,8%) de interações, e Hidroclorotiazida foi o mais prescrito (18,6%). O manejo clínico mais indicado para as interações foi monitorização do paciente (73,6%). A identificação das interações permite tratamentos mais efetivos, menos complicações, racionalidade dos medicamentos, melhorias na qualidade das prescrições e na qualidade de vida dos pacientes. ABSTRACTThe undesirable drug interactions is among the main causes of the problems related to drugs and may cause losses in the recovery of the patient's health. The objective was to investigate the occurrence of drug interactions in the pharmacotherapy of the elderly attended in Basic Pharmacy in Santa Cruz do Sul -RS. Cross-sectional study with data collection from August to September 2014, through individual interviews. Drug interactions were obtained by Micromedex ® Solutions software. 54.4% of the 204 therapeutic regimens analyzed had at least one drug interaction. The severity of the interactions found was: minor (n = 26), moderate (n = 160) and major (n = 45). The Aspirin had the highest prevalence (23.8%) of interactions and Hydrochlorothiazide was the most prescribed (18.6%). The most appropriate clinical management of interactions was the patient's monitoring (73.6%). The identification of the interactions allows treatments more effective, fewer complications, rationality of drugs, improvements in the quality of prescriptions and in the quality of patients life.

Profile of elderly persons with metabolic syndrome and factors associated with possible drug interactions

“…However, the use of multiple medications increases the risk of DI. Therefore, the implications of this consumption need to be measured and evaluated for their risks/benefits 8 .…”

“…The presence of DI is one of the main risks involved in the use of drugs by the elderly 8 . The physiological changes that occur with the aging process, the presence of chronic diseases and the large number of medications used by this population, can mask the occurrence of DI, which can be confused with the worsening of health status or treatment ineffectiveness 7 .…”

Interação medicamentosa em instituição de longa permanência para idosos do sul de Minas Gerais

“…Um dos medicamentos com maior número de interações medicamentosas foi a Hidroclorotiazida (HCTZ), que, por ser um diurético tiazídico, ajuda a prevenir o corpo de absorver demasiado sal. Notou--se que ele é bastante prescrito entre os idosos (19) . O alto número de interações se dá porque a HCTZ trata a retenção de líquidos em pessoas com insuficiência cardíaca congestiva, cirrose do fígado, distúrbios renais ou edemas causados por esteroides ou estrogênios, além de ser utilizado também para tratar a pressão arterial (20) , patologias comuns em pessoas com idade superior a 60 anos.…”

Interações medicamentosas potenciais em idosos com síndrome metabólica

“…Ao analisar o perfil das IMP, verificou-se que aquelas envolvendo o AAS apresentaram alta prevalência (31,6%), e corrobora com o estudo feito por Garske (2016) que investigou as interações medicamentosas potenciais na farmacoterapia de idosos atendidos em farmácia básica do sul do Brasil, relatando alta prevalência de IMPs envolvendo esse fármaco. Contudo é importante salientar que há uma limitação no software utilizado, visto que ele não leva em consideração a dose do fármaco, o que faz das IMP envolvendo o AAS serem questionáveis, visto que ela é dependente da dose utilizada, que na clínica pode ser empregada tanto para finalidade antitrombótica quanto anti-inflamatória (Alves et al, 2019).…”