O surgimento do vírus SARS-CoV-2 associado à sua rápida transmissão fez com que governantes de todo o mundo adotassem medidas prioritárias a fim de mitigá-lo. Apesar da importância da estruturação adequada do ambiente hospitalar para o combate à pandemia, também é necessário uma abordagem comunitária que promova a vigilância em saúde, atuação específica das equipes de Atenção Primária à Saúde. Sendo assim, pretende-se contextualizar o cenário atual e pontuar os desafios e possibilidades da Atenção Primária à Saúde frente à pandemia da COVID-19. Nos últimos anos, o SUS sofreu com um subfinanciamento crônico que foi agravado com redução e congelamento dos gastos. A Atenção Primária à Saúde no cenário da pandemia do coronavírus tem a potencialidade de se articular intersetorialmente para apoiar sua população em suas diversas vulnerabilidades. Apesar dos desafios enfrentados pela Atenção Primária à Saúde, a pandemia reafirma sua importância para o sistema de saúde e sinaliza a necessidade do seu fortalecimento, readequação e qualificação a fim de garantir a universalidade, integralidade e equidade do cuidado.
OBJETIVO: Analisar o panorama de vacinação contra a COVID-19 na América. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo epidemiológico descritivo, de série temporal. A coleta de dados foi realizada no Sistema de Informações divulgados pela Organização Pan-Americana de Saúde do dia 01/01/2021 até 10/09/2021. Foram analisados o número de doses administradas em dose única, primeira e segunda dose na América. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Até a data de 10/09/2021, na América, foram aplicadas um total de 963.290.835 doses, sendo 56,8% em primeira dose, 39,1% em segunda dose e 4,1% em dose única. No total, até o período em que o estudo foi conduzido, no continente americano, existiam 399.333.286 pessoas com o esquema vacinal completo, o que representa uma população estimada em 1.030.670.082 cidadãos, com um total de 38,7% da população com o esquema vacinal completo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Nota-se que, apesar do avanço na vacinação, o número de cidadãos com esquema vacinal completo no continente ainda é baixo, sendo inferior a 40% da população total. Ademais, percebe-se uma distribuição desigual de doses, que pode estar associada sobretudo a fatores sociais e econômicos.
Introdução: A mortalidade materna é um problema de saúde pública com elevada prevalência e que pode ser, na maioria dos casos, prevenida. As últimas décadas mostraram decréscimo nos índices, no entanto, nota-se que esse problema afeta principalmente regiões com maior vulnerabilidade social, dentre as quais destaca-se o nordeste brasileiro onde encontra-se o estado da Bahia. Objetivo: Analisar o perfil de mortalidade materna na última década no estado da Bahia. Metodologia: Trata-se de um estudo do tipo epidemiológico, transversal, retrospectivo e descritivo, tendo como base a análise secundária de informações disponíveis no Sistema de Informação sobre mortalidade (SIM) no período correspondente a 2010 a 2019 no estado da Bahia, Brasil. Resultados: No período estudado segundo o SIM, foram computados um total de 1313 óbitos maternos no estado da Bahia. A maioria das acometidas apresentava faixa etária de 30 a 39 anos (44,35%), com maior prevalência de pessoas não brancas (81,11%). Quanto à causa da morte, o estudo obteve predomínio de mortes por causas diretas (67,21%) que ocorreram de modo majoritário em ambiente hospitalar (90,17%). Conclusões: Observa-se por meio do presente estudo que a mortalidade materna na Bahia constitui-se como um importante agravo em saúde, o que demanda a elaboração de um conjunto de medidas a fim de garantir segurança às gestantes e puérperas do estado.
Palavras-Chave: Gravidez, Mortalidade Materna, Morte, Saúde da Mulher.
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