“…Dados da Pesquisa Nacional sobre o uso do crack apontam que aproximadamente 10% dos usuários de crack e/ou similares utilizaram algum serviço de internação para tratamento de dependência química nos trinta dias anteriores à pesquisa (Bastos & Bertoni, 2014). Estudos brasileiros sobre usuários de crack em internação hospitalar relatam que tais pacientes já passaram por tratamentos anteriores, com dificuldade de acesso à internação e recaídas (Gabatz, Schmidt, Terra, Padoin, Silva, & Lacchini, 2013;Pedroso, Kessler, & Pechansky, 2013), destacando-se o fato de que a maioria desses constitui-se de homens (Dias, Araújo, & Laranjeira, 2011), sem diferir de forma significativa com relação à classe econômica e à intensidade e à frequência de uso do crack (Freire, Santos, Bortolini, Moraes, & Oliveira, 2012), com dificuldades familiares (Horta, Vieira, Balbinot, Oliveira, Poletto, & Teixeira, 2014;Moura, Benzano, Pechansky, & Kessler, 2014;Pettenon, Kessler, Guimarães, Pedroso, Hauck, & Pechansky, 2014) e funções cognitivas preservadas (Sayago, Lucena-Santos, Horta, & Oliveira, 2014).…”