A literatura descreve uma relação entre habilidades sociais (HS) e do uso de drogas, entretanto esta relação está estabelecida para algumas drogas e para outras nem tanto. Desta forma faz-se necessário entender quais são as habilidades presentes ou não no repertório comportamental em usuários de drogas para desenvolver estratégias de enfrentamento do problema. Este estudo objetivou analisar artigos nacionais e internacionais, sobre uso de drogas e as habilidades sociais dos últimos 10 anos. Como método, realizou-se uma revisão sistemática nas bases Medline, Lilacs, Ibecs, Cochrane, MedCarib, Central-Registro de Ensaios Clínicos e Scielo, sendo selecionados13 artigos. Como resultados, a maioria dos artigos analisados foram publicados entre 2004 e 2006. O foco de interesse se voltou à população de adolescentes e jovens adultos, relacionando (HS) com fatores de risco e proteção.Em relação ao tipo de droga estudada, foi constatada a maconha como a substância mais presente nos artigos analisados. Conclui-se que as HS são aspectos importantes de serem considerados no uso de drogas em diferentes populações estudadas nos artigos analisados. Sugerem-se que novas pesquisas empíricas sejam realizadas, envolvendo outras populações. Palavras-chave: habilidades sociais; drogas; revisão sistemática; fatores de proteção.
Resumo Sintomas de depressão, ansiedade e estresse podem interferir negativamente no progresso do tratamento de usuários de substâncias. Este estudo objetivou avaliar os níveis de depressão, ansiedade e estresse em homens e mulheres em tratamento em Comunidades Terapêuticas, relacionando tais níveis com o tipo de substância utilizada e dados sociodemográficos. Utilizou-se um Questionário de Dados Sociodemográficos e de Uso de Drogas e a escala DASS-21. Participaram 115 homens e 53 mulheres, em tratamento, totalizando 168 indivíduos, com idade média de 32 anos (DP = 8,7). A maioria eram usuários de tabaco e crack, este último associado às mulheres. Identificou-se que os usuários de tabaco e os usuários de drogas que não tinham emprego se associaram a níveis mais altos dos sintomas de depressão, ansiedade e estresse. Conclui-se que tais estratégias podem auxiliar na diminuição dos sintomas avaliados pelo DASS-21, melhorando as condições de vida para o enfrentamento do transtorno por uso de substâncias.
Objetiva-se compreender o uso do crack e as características clínicas de mulheres, através da perspectiva de gênero. Trata-se de um estudo de caso, de caráter qualitativo. Participou deste estudo uma gestante usuária de crack, em internação hospitalar. Os instrumentos foram: entrevista semiestruturada; MINI 5.0; Screening Cognitivo do WAIS-III e SCID-II. As comorbidades encontradas foram: transtorno de ansiedade generalizada, episódio (hipo)maníaco passado e transtorno de personalidade antissocial. As funções cognitivas estavam preservadas. A gestação motivou a internação e a trajetória de vida permeada por violências e vulnerabilidades foi evidenciada, onde o preconceito dificultou o acesso ao tratamento.
Este é um artigo de acesso aberto, licenciado por Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), sendo permitidas reprodução, adaptação e distribuição desde que o autor e a fonte originais sejam creditados. Resumo.A literatura descreve que usuários de drogas apresentam baixos escores em habilidades sociais e que estas podem ser desenvolvidas através do Treinamento em Habilidades Sociais (THS). Entretanto, carecem de sistematizações sobre tal intervenção no contexto nacional e internacional. Dessa forma, objetiva-se identificar estudos empíricos sobre o THS para usuários de drogas em tratamento, analisando como a intervenção vem sendo utilizada, principais benefícios e eventuais limitações de sua aplicação com esse público. Trata-se de uma revisão sistemática de literatura nas bases de dados Medline Complete, Scopus, IBECS, Index Psi e LILACS. Foram utilizados os descritores e operadores booleanos "social skills" AND "training" AND "substance-related disorders". Foram incluídos cinco artigos que contemplaram os critérios de inclusão: ser artigo empírico, ter como público--alvo pessoas com transtorno por uso de substância e ter utilizado o THS no tratamento do uso de drogas. Observou-se que a intervenção vem sendo realizada de maneira complementar a outras técnicas, mostrando-se bené-fica no aumento das habilidades sociais em usuários de drogas. Todavia, a maioria dos estudos não apresentou resultados que fossem exclusivos do THS, carecendo de instrumentos específicos para a avaliação das HS. Tal questão implica na necessidade de estudos que identifiquem os efeitos do THS e descrevam detalhadamente seus procedimentos.Palavras-chave: habilidades sociais, treinamento, transtorno relacionado ao uso de substâncias.Abstract. Literature describes that drug users have low scores in social skills and that these can be developed by the Social Skills Training (SST). However, they need systematizations about such intervention in the national and international contexts. Thus, the objective of his paper is to identify empirical studies on SST for drug users in treatment, analyzing how the intervention has been used, benefits and possible limitations of its application with this population. This study is a systematic review of literature on Medline Complete, Scopus, IBECS, Index Psi and LILACS. The descriptors and boolean operators "social skills" AND "training" AND "substance-related disorders" were used. There were included five articles that contemplated the inclusion criteria: empirical article, having as target people with disorder by substance use and who have used SST in the treatment for drug use. It was observed that interventions have been performed to complement other techniques, being beneficial to the increase of social skills of drug users. However, most studies did not show results that were unique to the THS, Treinamento em habilidades sociais para usuários de drogas: revisão sistemática da literatura
Objective To present Brazilian’s empirical studies that address this issue between the period of 2004 to 2014. Methods It is a Brazilian literature Systematic Review using the descriptors “crack cocaine” AND “women”, in the database Scopus, Lilacs, Medline and SciELO. Results From the 785 articles found, 16 articles contemplated the inclusion criteria. It was evidenced that the use of crack by women is related to physical and sexual violence, provoking HIV risks in consequence of prostitution, and social prejudice. Conclusion Given this reality, studies evaluating treatments in the Brazilian context are essential, according the specificities of women crack users.
ResumoEstudos apontam a relação entre baixas habilidades sociais e o uso de drogas, mas não contemplam seus signifi cados para mulheres usuárias de crack. Desta forma, objetiva-se compreender o desenvolvimento das habilidades sociais na trajetória de vida de tais mulheres. Trata-se de um estudo qualitativo, de casos múltiplos, com síntese de casos cruzados. Os dados foram coletados pela pesquisadora em duas etapas, sendo a primeira composta pelo questionário de dados sociodemográfi cos e de uso de drogas, Mini International Neuropsychiatric Interview, Inventário de Habilidades Sociais, Screening Cognitivo do Wais-III e Structured Clinical Interview for DSM Disorders. Na segunda etapa, utilizou-se a Entrevista Clínica sobre Trajetória de Vida e Habilidades Sociais. Participaram desse estudo três mulheres. Todas apresentaram difi culdades nas habilidades sociais desde a infância, com repertório adquirido através de modelos inadequados de interações sociais com seus familiares, escolares e pares. As comorbidades podem ter difi cultado o uso das habilidades sociais e houve défi cit nas mulheres com transtorno de personalidade borderline. Além disso, a entrevista clínica permitiu uma análise mais profunda dos dados obtidos por meio do IHS-Del Prette. Indica-se que as comorbidades sejam consideradas na avaliação das habilidades sociais e que intervenções promovam tais habilidades durante o tratamento do uso de drogas. Palavras-chave:Habilidades sociais, mulheres, crack cocaína, transtornos relacionados ao uso substâncias, estudo de casos múltiplos Development of Social Skills in Female Crack
Low levels of social skills in drug users are reported in the literature. However, specific characteristics of these users need to be identified and comprehended. Thus, we aim to evaluate and compare the social skills of men and women crack users and to determine the existence or not of differences in these behaviors. A cross-sectional, quantitative, and comparative research was performed. A total of 127 (65 men and 62 women) crack users in treatment for drug use participated in the study. Results demonstrate significantly higher averages of social skills among women than among men in the total score (t = 2.020; p = 0.046), self-assertion in the expression of positive affect (t = 2.755; p = 0.007), and conversation and social confidence (t = 2.101; p = 0.038). In conclusion, there is a unique repertoire of social skills in men and women in this study, showing that among men crack users, there were greater difficulties in the expression of positive feelings and social confidence, while there was more difficulty in expressing unpleasantness and dealing with negative feelings among women. Thus, this study emphasizes the importance of the development of interventions focused on learning and improving social skills for the crack user population, considering the differences between men and women.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.