O objetivo foi investigar o uso de medicamentos em crianças hospitalizadas e possíveis inadequações nas prescrições médicas, que possam contribuir para a ocorrência de erros no processo de medicação. Estudo transversal e retrospectivo, realizado em um Hospital Pediátrico do Estado do Tocantins, por meio da análise de prescrições médicas. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa local e os dados foram coletados em junho de 2019, por meio do instrumento constituído por 27 itens, derivado do protocolo ‘Segurança na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos’ da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Foram analisadas 54 prescrições de medicamentos de crianças, que apresentavam média de idade de 3,11 anos (DP 3,22) e diagnósticos prevalentes relacionados ao sistema respiratório (50%). Foi identificada média de 7,25 medicamentos (DP 4,02) por prescrição, com predomínio dos fármacos administrados por via endovenosa (87,04%). O estudo também identificou ilegibilidade em 16,67% das prescrições de medicamentos, bem como omissão de informações relevantes, que podem contribuir para a ocorrência de erros durante o processo de medicação. Há necessidade de conscientizar os profissionais, por meio da educação permanente no serviço, quanto às falhas nas prescrições, para que as inconsistências encontradas sejam corrigidas.