Resumo Objetivo: investigar a influência do letramento em saúde na avaliação da ameaça à saúde pela COVID-19 e sobre a intenção de não se vacinar de adolescentes brasileiros. Método: estudo transversal com 526 adolescentes brasileiros de 14 a 19 anos. Aspectos socioeconômicos, perfil saúde-doença, letramento em saúde, ameaça à saúde pela COVID-19 e intenção de não se vacinar foram analisados por associação bivariada e regressão linear múltipla com resposta Poisson. Resultados: maior pontuação de letramento em saúde (p=0,010), doença cardíaca (p=0,006), menor renda (p=0,000) e morar na região norte (p=0,007) foram fatores que contribuíram para o sentimento de maior ameaça pela COVID-19. O letramento em saúde não influenciou a intenção de não se vacinar (p=0,091), cuja prevalência foi menor entre os adolescentes do Sudeste quando comparados aos do Norte (p=0,010), entre os que cursavam o ensino superior (p=0,049) e entre aqueles com maior renda (p=0,000). Conclusão: letramento em saúde influenciou a percepção da ameaça da doença, mas não a intenção de não se vacinar. Avaliação da ameaça à saúde pela COVID-19 e a prevalência da intenção de não se vacinar foram influenciadas pela região de residência, renda e escolaridade, o que reforça a importância dos determinantes sociais da saúde nesse contexto.
Objective: investigate the influence of health literacy on the assessment of COVID-19 threat to health and the intention not to be vaccinated among Brazilian adolescents. Method: cross-sectional study with 526 Brazilian adolescents aged 14 to 19 years. Socioeconomic aspects, health-disease profile, health literacy, health threat by COVID-19 and intention not to be vaccinated were analyzed by bivariate association and multiple linear regression with Poisson response. Results: higher health literacy score (p=0.010), cardiovascular disease (p=0.006), lower income (p=0.000), and living in the North region (p=0.007) were factors that contributed to feeling more threatened by COVID-19. Health literacy did not influence the intention not to be vaccinated (p=0.091), whose prevalence was lower among adolescents in the Southeast region when compared to those in the North region (p=0.010), among those who attended higher education (p=0,049) and those with higher income (p=0.000). Conclusion: health literacy influenced the perception of COVID-19 threat, but not the intention not to be vaccinated. Assessment of COVID-19 threat to health and prevalence of the intention not to be vaccinated were influenced by the region of residence, income, and education, which reinforces the importance of social determinants of health in this context.
Resumo A temática deste artigo é o sofrimento psíquico dos alunos no contexto da universidade pública. Trata-se de um assunto em crescente discussão em razão do aumento de casos evidenciado nas estatísticas sobre depressão, suicídio e adoecimento mental entre acadêmicos do ensino superior. O trabalho é pautado pela reflexão teórica interdisciplinar, abrangendo fundamentos da educação e do ensino, com ênfase também em aspectos da comunicação e ainda perspectivas propostas pela medicina. Utilizando ferramentas metodológicas quantitativas e qualitativas como complementares, a pesquisa analisou 342 questionários respondidos por discentes, docentes e servidores técnicos da Universidade Federal do Tocantins com o objetivo de investigar diferentes aspectos do sofrimento dentro da amostragem selecionada. Mediante a análise é possível observar a complexidade da vivência dos sentimentos e relações experimentadas pelo estudante no ambiente universitário e conclui-se que o sofrimento psíquico deve ser considerado uma preocupante realidade acadêmica. Nesse cenário, sugere-se a elaboração e investimento em políticas públicas institucionais de promoção à saúde e qualidade de vida dos discentes e docentes no ensino superior. A discussão é de fundamental importância e pode contribuir com o desenvolvimento de práticas que amenizem o sofrimento no contexto do ensino superior público.
Resumen Objetivo: investigar la influencia de la alfabetización en salud sobre la evaluación de la amenaza por COVID-19 y sobre la intención de los adolescentes brasileños de no vacunarse. Método: estudio transversal con 526 adolescentes brasileños entre 14 y 19 años. Se analizaron aspectos socioeconómicos, perfil epidemiológico, alfabetización en salud, amenaza a la salud por COVID-19 y la intención de no vacunarse mediante una relación bivariada y regresión lineal múltiple de respuesta de Poisson. Resultados: una elevada puntuación de alfabetización en salud (p=0,010), enfermedades cardiovasculares (p=0,006), menor nivel de renta (p=0,000) y vivir en la región norte (p=0,007) fueron factores que ayudaron a la sensación de mayor amenaza por COVID-19. La alfabetización en salud no influyó en la intención de no vacunarse (p=0,091), cuya prevalencia fue más baja entre los adolescentes del Sudeste en comparación con los del Norte (p=0,010), entre los que cursaban estudios superiores (p=0,049) y mayor nivel de renta (p=0,000). Conclusión: la alfabetización en salud influyó sobre la percepción de la amenaza de la enfermedad pero no en la intención de no vacunarse. La evaluación de la amenaza a la salud por COVID-19 y la prevalencia de la intención de no vacunarse fueron condicionadas por la región de residencia, nivel de renta y educación, acentuando la importancia de los determinantes sociales de la salud en este contexto.
Objetivo: identificar fatores relacionados à retirada do cateter venoso periférico em crianças hospitalizadas em uma Unidade de Internação Pediátrica. Métodos: Coorte prospectiva realizada com crianças com cateter venoso periférico, internadas em uma Unidade de Internação Pediátrica. A amostra foi consecutiva, não probabilística, os dados foram coletados, por um período de 90 dias. Na análise estatística foram utilizados os testes Qui-quadrado, Mann-Whitney e modelos de riscos proporcionais de Cox. Considerou-se nível de significância igual a 5%. Resultados: Amostra composta por 134 crianças, com média de idade de 4,27 anos (DP 3,45). Os motivos de retirada dos cateteres venosos periféricos foram causas planejadas em aproximadamente 56% dos casos, como alta hospitalar, término da terapia intravenosa e transferência. Em 44% dos cateteres venosos periféricos retirados, as causas foram não planejadas, com predomínio de infiltração/extravasamento (16,42%) e flebite (11,94%). O uso de anti-infecciosos (OR=7,03; p=0,0001), punções venosas em membros inferiores (OR=5,12; p=0,0070), punções anteriores (OR=3,24; p=0,0014) e sexo masculino (OR= 2,70; p=0,0092) aumentaram o risco de retirada dos cateteres venosos periféricos por causas não planejadas. Conclusão: os resultados sugerem, principalmente, revisão dos locais para punção venosa em Pediatria, bem como, diluição e infusão criteriosa de anti-infecciosos.Descritores: Enfermagem pediátrica; Cateterismo Periférico; Punções; Flebite; Anti-infecciosos.FACTORS ASSOCIATED TO THE WITHDRAWAL OF PERIPHERAL VASCULAR ACCESS DEVICE IN PEDIATRIC PATIENTS Objective: To identify factors related to the withdrawal of peripheral venous catheter in hospitalized children in a Pediatric Inpatient Unit. Methods: Prospective cohort study conducted with children with peripheral venous catheter admitted to a Pediatric Inpatient Unit. The sample was consecutive, nonprobability, data were collected for a period of 90 days. Statistical analysis Chi-square, Mann-Whitney and models of Cox proportional hazards were used. A significance level of 5% was considered. Results: A sample was composed of 134 children, mean age of 4.27 years (SD 3.45). The reasons for withdrawal peripheral venous catheters were planned causes approximately 56% of cases, such as hospital discharge, end of the intravenous therapy and transfer. At 44% of the removed peripheral venous catheters, the causes were not planned, with infiltration / extravasation (16.42%) and phlebitis (11.94%) predominating. The use of anti-infectives (OR = 7.03; p = 0.0001), venous punctures in the lower limbs (OR = 5.12; p = 0.0070), anterior punctures (OR = 3.24; p = 0.0014) and male gender (OR = 2.70; p = 0.0092) increased the risk of catheters withdrawal for unplanned causes. Conclusion: The results suggest, principally, reviewing sites for venipuncture in pediatrics, as well as dilution and judicious infusion of anti-infective. Descriptors: Pediatric nursing; Catheterization; Punctures; Phlebitis; Anti-infective agents.FACTORES ASOCIADOS CON LA EXTRACCIÓN DEL DISPOSITIVO DE ACCESO VASCULAR PERIFÉRICO EN PACIENTES PEDIÁTRICOS Objetivo: Identificar los factores relacionados con la perdida del catéter venoso periférico en niños hospitalizados en una unidad de hospitalización pediátrica. Métodos: Estudio de corte prospectiva realizada con niños con catéter venoso periférico, hospitalizadas en una unidad de hospitalización pediátrica. La muestra fue consecutiva, no probabilística, los datos se recopilaron durante un período de 90 días. En el análisis estadístico, se realizaron las pruebas de chi-cuadrados, Mann-Whitney y modelos de riesgo de Cox. El nivel de significancia fue 5%. Resultados: Muestra que consta de 134 niños, con una edad media de 4.27 años (DE 3.45). Entre las razones del retiro de los catéteres venosos periféricos están: planificados en aproximadamente el 56% de los casos, como al momento del alta hospitalaria, termino de la terapia intravenosa y la transferencia. En el 44% de los catéteres venosos periféricos perdidos, las causas no se planificaron, con predominio de infiltración / extravasación (16,42%) y flebitis (11.94%). El uso de terapia anti-infecciosa (OR = 7,03, p = 0,0001), punciones venosas en las extremidades inferiores (OR = 5,12, p = 0.0070), punciones anteriores (OR = 3.24; p = 0.0014) y género masculino (OR = 2.70, p = 0.0092) aumentó el riesgo de retiro de los catéteres venosos periféricos mediante causas no planificadas. Conclusión: Los resultados sugieren que, principalmente, una revisión de sitios de punción venosa en pediatría, así como dilución e infusión criteriosa de terapias anti-infecciosas.Descriptores: Enfermería pediátrica; Cateterismo; Punciones; Flebitis; Antiinfeciosos.
O objetivo foi investigar o uso de medicamentos em crianças hospitalizadas e possíveis inadequações nas prescrições médicas, que possam contribuir para a ocorrência de erros no processo de medicação. Estudo transversal e retrospectivo, realizado em um Hospital Pediátrico do Estado do Tocantins, por meio da análise de prescrições médicas. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa local e os dados foram coletados em junho de 2019, por meio do instrumento constituído por 27 itens, derivado do protocolo ‘Segurança na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos’ da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Foram analisadas 54 prescrições de medicamentos de crianças, que apresentavam média de idade de 3,11 anos (DP 3,22) e diagnósticos prevalentes relacionados ao sistema respiratório (50%). Foi identificada média de 7,25 medicamentos (DP 4,02) por prescrição, com predomínio dos fármacos administrados por via endovenosa (87,04%). O estudo também identificou ilegibilidade em 16,67% das prescrições de medicamentos, bem como omissão de informações relevantes, que podem contribuir para a ocorrência de erros durante o processo de medicação. Há necessidade de conscientizar os profissionais, por meio da educação permanente no serviço, quanto às falhas nas prescrições, para que as inconsistências encontradas sejam corrigidas.
Baseando-se nos conceitos de “desordens informativas” propostos por Claire Wardle e Hossein Derakhshan, este trabalho propõe-se a observar o fenômeno de hesitação vacinal e a opinião pública em relação à vacina CoronaVac contra a covid-19, a partir da análise de falas públicas do presidente Jair Bolsonaro sobre esse imunizante produzido pelo Instituto Butantan em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac. As falas em questão foram proferidas no período de julho de 2020 a janeiro de 2021. Através de uma pesquisa de abordagem qualitativa, com finalidades exploratórias e descritivas, o trabalho analisou o conteúdo de dez pronunciamentos do então presidente sobre as vacinas no contexto do primeiro ano da pandemia de covid-19 no Brasil e observou desordens informativas dos seguintes tipos: má informação (17,6%), informação incorreta (47,1%) e desinformação (35,3%) em todas as falas. As desordens informativas propagadas contribuíram para os sentimentos de desconfiança e as posturas coletivas de hesitação vacinal relacionadas à covid-19, principalmente em relação à CoronaVac.
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