Este trabalho descreveu as características sociodemográficas de trabalhadores de saúde, seu trabalho e a incidência de afastamento por doença de um hospital público do Estado da Bahia no período de 1º de julho de 2005 a 30 de junho de 2006. Os dados foram coletados nas pastas cadastrais do setor de pessoal, nos atestados médicos de até 15 dias de afastamento e em documento da Secretaria Estadual de Saúde. Observou-se uma média de 2,31 atestados médicos por trabalhador. Dos 837 profissionais da equipe de saúde, 31,9% afastaram-se por doença pelo menos uma vez no período. Destes, 91,0% são do sexo feminino; 60,7% possuem idade ≥ 40 anos; 60% possuem tempo de serviço na instituição ≥ 12,5 anos; 70% eram estatutários; 59,5% tinham jornada de 40 horas semanais. A maioria dos afastados estava lotada na Emergência e na UTI e era do grupo de Enfermagem. Espera-se que este estudo fomente novas discussões sobre as características do trabalho em hospitais e estimule a implantação de serviço de atendimento à saúde do trabalhador no hospital estudado e a realização de novas investigações.
A prescrição médica é utilizada como parâmetro em estudos que avaliam o uso de medicamentos nas populações humanas, especialmente em pacientes pediátricos. Com essa finalidade, a Organização Mundial de Saúde desenvolveu indicadores para descrever práticas gerais de prescrição de medicamentos. Esse estudo buscou descrever o perfil das prescrições pediátricas em Unidades Básicas de Saúde, no município de Feira de Santana, Bahia. Foram analisadas 3.167 prescrições, sendo 53% para o sexo masculino e 76,1% com registro da idade do paciente. Houve maior frequência de anti-infecciosos sistêmicos, antiparasitários e de medicamentos para o sistema respiratório. A média de medicamentos por prescrição foi 2,2, sendo 83,8% medicamentos genéricos, 51,5% antibióticos, 0,6% injetáveis, 66,9% medicamentos essenciais. Do total de 4.700 medicamentos, 69,4% foram dispensados. Não havia cópias da lista de medicamentos essenciais nos serviços e a disponibilidade de medicamentos-chave foi de 77%. Os resultados apontaram uma frequência elevada de prescrições de antibióticos e um percentual insatisfatório de prescrições de medicamentos essenciais, evidenciando a necessidade de adoção de práticas prescritivas pautadas no uso racional de medicamentos e divulgação da lista de medicamentos essenciais.
As relações entre as condições de trabalho e de saúde dos trabalhadores têm-se destacado como elemento estratégico da luta dos trabalhadores em defesa de padrões maisqualificados e saudáveis de vida. O objetivo deste trabalho foi descrever as condições de trabalho e estimar a prevalência de “suspeitos” de Transtornos Mentais Comuns (TMC) e de casos positivos ao Teste CAGE (bebedores-problema) em profissionais de enfermagem de um Hospital Especializado de Feira de Santana, Bahia. Realizou-se um estudo epidemiológico de Corte Transversal, utilizando na coleta de dados um questionário autoaplicável, não identificado, comdestaque para itens relativos a aspectos sociodemográficos, características do trabalho, hábitos de vida e “suspeitos” de TMC e de bebedores-problema (Self Reporting Questionnaire, SRQ-20; Teste CAGE). As informações foram processadas e analisadas utilizando-se o programa SPSS 9.0 da Salade Situação e Análise Epidemiológica e Estatística (SSAEE) do Departamento de Saúde (DSAU) da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Os profissionais de enfermagem referiram sobrecarga de trabalho e baixa remuneração no hospital estudado. As queixas de saúde mais frequentes estavam relacionadas à postura corporal e à saúde mental. A prevalência de “suspeitos” de TMC foi de 14,6%. O teste CAGE triou 3,6% de indivíduos como bebedores-problema. As condições de trabalho e saúde observadas apontam para a necessidade de mudanças na organização do trabalho de enfermagem.
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