Governança de arranjo produtivo local: um estudo de caso no APL do Leite de Santana do Livramento, RS, Brasil

Abstract

Resumo: A governança de arranjos produtivos locais (APL) constitui importante meio de gestão, tendo em vista a complexidade de interfaces com os diferentes agentes do desenvolvimento local e regional envolvendo instituições, empresas e associações, com reflexos em estratégias regionais com foco em aglomerações produtivas. Este artigo é fruto de pesquisa e análise da governança do Arranjo Produtivo Local do Leite de Santana do Livramento (RS) a partir de um estudo de caso exploratório-descritivo de natureza qualitativa. Como resultados, verificou-se que o APL do Leite de Santana do Livramento apresenta predominantemente uma governança multilateral horizontal público-privada, ou seja, sua governança configura-se como híbrida, calcada na colaboração, confiança e com investimento em ativos específicos, minimizando as incertezas, indicando a potencialidade e perspectiva de um desenvolvimento sustentável.

Pontos Favoráveis E Desfavoráveis Para Formação De Um Arranjo Produtivo Local Do Setor Industrial De Confecção De Jeans: O Caso De Quedas Do Iguaçu – Pr

“…A formação do Arranjo Produtivo Local é uma alternativa de micros, pequenas e médias empresas se tornarem competitivas no mercado (PATIAS et al, 2017). Ainda, segundo Patias et al (2017), para a formação de um APL dependerá de uma aglomeração de empresas atuantes no mesmo setor produtivo ou de serviços, a mobilização dos atores ligados de alguma forma ao setor, a intercooperação das empresas que compõe a aglomeração, o envolvimento do setor público e agentes de apoio, pôr fim a criação do comitê gestor do APL.…”

O Aglomerado Produtivo da Indústria Salineira do Rio Grande do Norte

“…Os distritos marshalianos apontam Marshall (1920) como seu precursor, evidenciando, em seus estudos, o processo de surgimento e integração entre as empresas, por meio das vantagens que foram obtidas, por intermédio das novas tecnologias e na organização do trabalho, em que esse conjunto de vantagens econômicas é denominado de externalidades (PATIAS et al, 2017;SANTOLIN;CAETÊN, 2015;HANSENCLEVER;ZISSIMOS, 2006).…”

“…Mediante as conexões entre as empresas e os atores externos, derivados de uma cadeia produtiva, os APLs são provenientes de experiências de clusters e distritos industriais de diferentes regiões do mundo, e estão incluídos os agentes que buscam favorecer o desenvolvimento de aglomerações produtivas em determinadas localidades (OLIVEIRA et al, 2017;PATIAS et al, 2017).…”

“…Observa-se, no estudo de Oliveira e Santana (2016), que essa carência trouxe sérios problemas para o aglomerado de grãos no Pará, mas, por sua vez, segundo os estudos de Antero et al De acordo com as práticas dos aglomerados pode-se reverter esse quadro com a análise da cadeia de valor nas decisões, com uma visão sistêmica para contemplar a todos e ir além daquilo que é reconhecido pelo cliente, vislumbrando ações com visão de futuro sobre novos produtos e novos processos. Outro fator evidenciado observou-se na não utilização da proximidade geográfica das empresas, que poderiam reduzir seus custos com parcerias de cooperação (OLIVEIRA et al 2017;PATIAS et al 2017;FUINI 2017b;LINS, 2012).…”

Aglomeraciones productivas, territorio y abordajes teóricos para los estudios rurales

“…Pese a ello, estudios como los de Porter (1998b), retratan la existencia de clústeres de vinos en California y Portugal, o de comida enlatada y cereales (Porter, 1998a). En los SPL y APL, el sesgo parece ser similar, al existir menor cantidad de estudios que se dediquen al sector agroalimentario (Teixeira et al, 2006;Patias et al, 2017). De tal forma, resaltan trabajos sobre SPL y APL en sectores similares a los vistos en los DI o clústeres, como los realizados en el sector de los muebles (Fernández y Ariza, 2004), o en el del calzado y el automotriz en Brasil (Santos, Crocco y Lemos, 2002).…”