Gestão da interação Universidade-Empresa: o caso PUCRS

Abstract

Resumo:A sociedade passou a exigir das universidades, além da formação de recursos humanos, atuação mais efetiva no processo de desenvolvimento econômico e social, reforçando a importância da contribuição da academia para o sistema de inovação. O presente artigo descreve uma pesquisa qualitativa realizada através de um estudo de caso único em uma universidade privada. Os resultados indicam que essa universidade está se adequando à nova realidade e vem realizando ações para internalizar conceitos como Inovação, Empreendedorismo e Universidade Empreendedora na comunidade acadêmica. Palavras-chave: Universidade Empreendedora, Interação Universidade-Empresa, Transferência de Tecnologia, Rede de Inovação e Empreendedorismo. IntroduçãoA mudança do paradigma da Sociedade Industrial para a Sociedade do Conhecimento coloca, no cerne das discussões, o conhecimento e sua gestão como fatores relacionados à capacidade competitiva de países e empresas (PLONSKY, 1999). No contexto atual, no qual se observam fenômenos como globalização e aceleração do desenvolvimento tecnológico, fatos que possibilitaram uma radical mudança na comunicação e no fluxo da informação, a inovação emerge como um elemento gerador de vantagem competitiva.As profundas mudanças vividas nesse ambiente competitivo e dinâmico estabelecem novas exigências quanto à orientação e às formas de intervenção dos distintos agentes econômicos, governamentais, de ensino e da sociedade em geral. O conhecimento científico tem sido considerado um dos pilares que sustentam o desenvolvimento industrial, julgado por alguns como o insumo mais

Analysis of the relationship between physical infrastructure and the networks of inter-relationships in the Brazilian technological parks

“…Atrasas, Dias e Leite (2003) citam salas de reuniões, auditórios, salas de videoconferência, bancos, agências de viagens, hotéis e centros esportivos. Figlioli e Porto (2012) ressaltam a busca constante dos parques em adequar suas instalações, a fim de fomentar o processo de inovação através de um conjunto de infraestruturas físicas e citam como exemplo as infraestruturas básicas (terrenos, rede de água e esgoto, energia, telecomunicações, gás, rede viária e sinalização, áreas de estacionamento, passeios, tratamento e controle de resíduos, iluminação externa, infraestrutura de segurança e outros), os edifícios institucionais (instalações da gestão do parque, associações representativas, bancos de fomento e agências de desenvolvimento e de negócios), as infraestruturas tecnológicas (centros de P&D, laboratórios de uso conjunto e outros), edifícios de negócios (locação ou venda para instalação de empresas, tais como incubadoras e centros empresariais) e as áreas verdes e sociais (destinadas ao convívio social, à prestação de serviços ao indivíduo, creches, restaurantes, cafés, parques ecológicos, local para prática de esporte, lazer, academia e outros) (Figlioli & Porto, 2012 Quando uma infraestrutura é bem definida, de qualidade, utilizada como um mecanismo de atração e ainda favorável à interação entre as empresas, faz emergir um ambiente tecnológico pré-existente (ABDI & ANPROTEC, 2008), propício ao empreendedorismo, à inovação (Ferreira et al, 2012), ao desenvolvimento e ao crescimento (Gower & Harris, 1996).…”

“…O mundo corporativo tem passado por constantes mudanças, devido à alta competitividade e ao dinamismo do ambiente empresarial (Ferreira, Soria, & Closs, 2012).…”

“…Estas transformações ocorrem em razão da relevância dada ao conhecimento (Wolfarth, 2004), estimulado pela globalização e pelo desenvolvimento tecnológico em constante evolução (Ferreira et al, 2012). Devido à busca constante por vantagens competitivas, a inovação se tornou um tema importante para as empresas (Sereda, Dietrich, & Hermann, 2015).…”

“…Devido à busca constante por vantagens competitivas, a inovação se tornou um tema importante para as empresas (Sereda, Dietrich, & Hermann, 2015). Em virtude Análise da relação entre a infraestrutura física e as redes de relacionamentos interempresariais nos parques tecnológicos brasileiros desse contexto, cresceu a necessidade da interação entre as organizações, que constitui uma maneira de gerar benefícios mútuos (Ferreira et al, 2012), tornando-se importante para a inovação e o crescimento econômico fundamentado no conhecimento (Etzkowitz, 2013).…”

Intervenientes do Processo de Transferência Tecnológica em uma Universidade Pública

“…Assim como constatado no estudo de G. C. Ferreira et al (2012), esse trabalho é significativo para o aumento das atividades de transferência tecnológica dentro da universidade. RAC, Rio de Janeiro, v. 21, n. 4, art.…”