Neste artigo, analiso os contornos subjetivos em torno do “desejo” de tornar-se mãe para três mulheres e mães jovens soropositivas, de camadas populares do Rio de Janeiro. Tomo as tecnologias médicas que elas foram contempladas como um marco importante na construção da “biomedicalização do parentesco” que, entre outras coisas, permite pensar antropologicamente sobre o valor dado aos arranjos sociais. Também destaco os “limites” nas relações interpessoais delas, sobretudo nas relações conjugais, cuja experiência do “abandono” devasta o projeto de família. O artigo, portanto, concentra-se nas esferas do “desejo”, parentalidade, arranjos sociais e “limites” interpessoais.