Foraging behaviour of Brazilian riverine and coastal fishers: How much is explained by the optimal foraging theory?

Abstract

Optimal Foraging Theory (OFT) is here applied to analyse the foraging behaviour of Brazilian artisanal fi shers of the Atlantic coast (Itacuruçá and São Paulo Bagre villages) and of the inland Amazonian region (Jarauá and Ebenezer villages). Two OFT predictions are tested. Hypotheis1: A fi sher who travels to more distant sites should return with more fi sh, and Hypothesis 2: The further a fi sher goes, the longer s/he should stay fi shing in a patch. OFT did not explain fi shers' behaviour (non-signifi cant regressions for coastal villages) or explain it in specifi c seasons (low water season for one Amazonian village: H1 r 2 =24.1; H2 r 2 =37.2) and in specifi c habitats (e.g., lakes and backwaters in Jarauá village, Lakes: H1 r 2 =13.5; H2 r 2 =24.0; Backwaters: H1 r 2 =34.4; H2 r 2 =46.5). The fi ndings can indicate areas or seasons that are under higher fi shing pressure, when fi shers try to get the best out of a situation without any concern about resource conservation. By knowing the variables that infl uence fi shers' decision-making processes, management initiatives may be more fi ne-tuned to the local reality and are thus more likely to succeed.

Saberes Ambientais: Reflexões Sobre a Relação Sociedade-Natureza

“…A compreensão das estratégias de pesca desenvolvidas localmente, bem como o conhecimento das motivações que influenciam os processos de tomada de decisão dos pescadores artesanais, são essenciais para o estabelecimento de medidas de gestão adequadas para evitar a depleção dos estoques pesqueiros e promover a conservação da fauna local, bem como do seu ecossistema (e.g. ASWANI, 1998;LOPES et al, 2011).…”

“…A partir desses princípios foram desenvolvidos os modelos que compõem a TFO. BEGOSSI, 1992;BIRD;BLIEGE BIRD, 1997;BEGOSSI et al, 2005;BEGOSSI et al, 2009;LOPES et al, 2011). BEGOSSI, 1992;BEGOSSI et al, 2005).…”

“…Na baía de Sepetiba, Begossi (1992) exemplificou que o acesso aberto aos locais de pesca poderia ocasionar situações de competição entre os pescadores, adicionalmente, as mudanças ambientais são também apontadas como possíveis motivos para comportamentos não otimizadores (LALAND; BROWN, 2002). Lopes et al (2011) ressaltam que a pesca consiste numa atividade complexa e imprevisível, envolvendo restrições não previstas nos modelos de otimização do forrageio. Apesar dos modelos previstos pela TFO revelarem as estratégias de maior rendimento na extração de recursos, algumas vezes, a adoção de comportamentos "nãoideais" pode ser vantajosa para os pescadores diante das suas necessidades individuais.…”

“…A aplicação da teoria do forrageamento ótimo em populações de pescadores artesanais permite prever os tipos e abundância dos peixes utilizados na pesca, intensificação da pesca, frequência de exploração e localização de manchas de recursos, fornecendo informações importantes para a gestão pesqueira (ASWANI, 1998). A compreensão das estratégias de forrageamento dos pescadores locais permite o estabelecimento de medidas de gestão adequadas a cada situação, evitando a depleção dos estoques pesqueiros e promovendo a conservação da fauna local e do ambiente (ASWANI, 1998;LOPES et al, 2011 (DIEGUES, 2000), acrescentando-se mais recentemente agricultores extrativistas (BALDAUF;REIS, 2007), pequenos agricultores rurais, marisqueiras, catadoras e catadores de siri e caranguejos (RODRIGUES et al, 2017). Diante disto, procuramos aqui elencar alguns atributos da importância da atividade de catação de mariscos e outros moluscos bivalves no Rio Paraíba do Norte, principalmente, a partir do Município de Bayeux, na Paraíba, onde a mariscagem se faz mais presente, como forma de subsistência e comercialização destes recursos naturais.…”