Fechamento De Fístula Bucoantral: Relato De Caso Clínico

Abstract

RESUMOIntrodução: A maxila posterior desdentada é muitas vezes um desafio para a instalação de implantes devido à falta de osso, reabsorção do rebordo alveolar e/ou pneumatização seio maxilar. Um dos problemas nessa área é a fístula bucoantral que é caracterizada por uma comunicação patológica, circundada por tecido epitelial, entre a cavidade bucal e seio maxilar. Objetivo: O objetivo do presente relato de caso clínico foi descrever o tratamento de uma fístula bucoantral, desde o diagnóstico até seu completo fechamento, demostrando os métodos e técnicas utilizadas. O diagnóstico foi seguido pelo protocolo proposto por Marzola, sendo analisado a radiografia panorâmica na região do seio maxilar, teste de sensibilidade aos antibióticos, exame de biópsia por citologia esfoliativa e irrigação do seio maxilar com solução adstringente de lauril dietilenoglicol éter sulfonato de sódio e acetilcisteína + glicinato de tianfenicol. O tratamento medicamentoso consistiu em descongestionantes nasais maleato de bronfeniramina + cloridrato de fenilefrina, cloridrato de fexofenadina + cloridrato de pseudoefedrina e cloreto de sódio, a antibioticoterapia com sulfametoxazol + trimetoprima e como analgésico o paracetamol. O tratamento cirúrgico consistiu em incisão linear, deslocamentos do retalho mucoperiostal vestibular e lingual, incisões na base do periósteo, remoção da fístula, alivio da tabua óssea vestibular, sutura simples e festonada. Conclusão: Dentro dos limites do presente caso clínico, podemos concluir que os procedimentos adotados para o diagnóstico e o tratamento da fístula bucoantral foram efetivos, fechando-se completamente a lesão, restabelecendo assim a normalidade do seio maxilar para futuros procedimentos reabilitadores.Descritores: Fístula bucoantral. Sinusite maxilar. Seio maxilar.

Tratamento de fístula buco sinusal – Sequela de ferimento por arma de fogo: relato de caso

“…Quanto aos sinais e sintomas, os que foram observados e relatados pelo paciente supracitado como, fluidos da boca expelidos pelo nariz, voz anasalada, dificuldade durante a higienização e transtornos na deglutição de líquidos e sólidos, corrobora com os achados da bibliografia revisada (Yalçin et al, 2006;Bittencourt e Pereira, 2017;Gusman et al, 2017;Veras et al, 2010).…”

“…Cada técnica apresentando vantagens e desvantagens, bem como melhor indicação para cada caso (Poeshl et al, 2009;Yalçin et al, 2006;Visscher et al, 2010;Bittencourt e Pereira, 2017;Gusman et al, 2017;Veras et al, 2010). O presente relato clínico apresentou como tratamento para o fechamento da fístula a conciliação dessas 3 técnicas em consequência da extensão da lesão, sobressaindo-se em relação ao maior número de casos publicados.…”

“…As comunicações buco sinusais, ou bucoantral, são assim nominadas quando há um acesso direto da cavidade oral, seja essa através do rebordo alveolar ou palato, com o seio maxilar. No momento em que essa comunicação encontra-se revestida por um tecido epitelial proveniente da proliferação dos tecidos que circundam a mesma, estabelecendo uma solução de continuidade, essa passa a ser intitulada de fístula buco-sinusal (Yalçin et al, 2006;Abuabara et al, 2005;Tucundaya et al, 2013;Gusman et al, 2017;Veras et al, 2010). Research, Society and Development, v. 9, n. 11, e3519118941, 2020 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i11.8941…”

“…Os sinais e sintomas que podem ser observados no paciente vão desde passagem de ar e fluidos do nariz para a boca, e vice-versa, voz anasalada, transtornos na deglutição de líquidos e alimentos, halitose, coriza, paladar alterado, obstrução nasal unilateral, dor na face, até sinusites agudas ou crônicas, podendo em alguns casos apresentarem-se assintomáticos (Yalçin et al, 2006;Bittencourt e Pereira, 2017;Gusman et al, 2017;Veras et al, 2010;Rocha et al, 2020).…”

“…As técnicas cirúrgicas e os tipos de retalhos utilizados variam de acordo com o tipo de comunicação existente (Yalçin et al, 2006;Abuabara et al, 2005;Figueiredo Filho et al, 2020;Macedo, et al: 2020), desde retalho vestibular, rotação de retalho palatino, uso do coxim adiposo da bochecha (Poeshl et al, 2009;Yalçin et al, 2006;Abuabara et al, 2005; Visscher et al, 2010), a utilização de tecido conjuntivo do palato, podendo em alguns casos associar mais de uma técnica. Ainda há controvérsias na literatura atual quanto a qual dessas técnicas apresentam maior chance de sucesso (Yalçin et al, 2006;Bittencourt e Pereira, 2017;Gusman et al, 2017;Macedo et al, 2020).…”