RESUMO: O conhecimento a respeito do tempo necessário para a regeneração de florestas secundárias, no domínio da Floresta Atlântica, poderá servir como subsídio importante para a recuperação e o manejo de sistemas agrícolas e florestais, bem como para a adoção de medidas legais e de compensação. Neste sentido, foi realizado o estudo da composição e da similaridade florística das espécies arbóreas em seis fragmentos de floresta secundária, com 1, 5, 7, 15, 35 e 70 anos de desenvolvimento autóctone, no município de Bom Jardim, Estado do Rio de Janeiro. Utilizou-se o Método de Área Fixa e o critério de inclusão das plantas foi de DAP igual ou maior que 5,0 cm. Além das diferenças na densidade, na área basal e na diversidade, observou-se que, no gradiente dos fragmentos mais jovens para os mais antigos, existe uma hierarquia de substituição de grupos de espécies de categorias sucessionais distintas. Aos 70 anos de idade, a floresta apresenta um índice de Shannon superior a 3,0, valor próximo dos encontrados para trechos conservados de Mata Atlântica.