Estado, sociedade e formação profissional em saúde: contradições e desafios em 20 anos de SUS

Abstract

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A percepção dos usuários de um Centro de Atendimento vinculado ao SUS: enfoque fonoaudiológico baseado na promoção da saúde

“…Time constraints, organizational aspects of care, difficulty in orientation capacity, and a lack of actions that should be performed are all problems that hinder the quality of health promotion work. The introduction of these activities throughout clinical practice remains a challenge in most public services (5) . To rethink the whole of health care, it is necessary to deepen the debate on its theoretical foundations, particularly the nature and organization of health care processes centered on users and their needs (28) .…”

“…However, with the implementation of SUS, the way of thinking that only dealt with the effects of disease, with less emphasis on the causes, was replaced with a broader understanding of healthy living, which focuses on health promotion and incorporates improved conditions for nutrition, housing, employment, and education, as well as ensuring access to public services responsible for the promotion, protection and recovery of health (4) . In this way, users of public services are understood to be "social beings" with life stories covered by concerns, frustrations and longings, contrary to the biomedical model that divides the human being into specific parts and treats it as if it were a machine (5) . Thus, through the SUS principles of universality and equity, the life of each person is understood in its uniqueness and multidimensionality.…”

Propostas inovadoras na formação do profissional para o Sistema Único de Saúde

“…Assim, é possível pensar na aplicação da racionalidade e dos conhecimentos sobre as doenças numa perspectiva emancipatória, reconhecendo que as propostas de intervenção dos profissionais da saúde podem alargar os modos de cuidar da vida, o que não decorre, necessariamente, da mera aplicação do melhor conhecimento científico disponível (Mattos, 2008).…”

Estratégia Saúde da Família: Clínica e Crítica

“…Nesse momento, delimitava-se o campo da saúde coletiva e seu objeto de saber-fazer, passando o processo saú-de-doença a ser foco de intervenções coletivas e não apenas individuais [8][9][10] .…”

“…Sindicatos diversos debatiam a precarização da saúde no País e reforçavam as reivindicações de soluções prementes para os problemas surgidos com o modelo de saúde existente. A necessidade de uma transformação na saúde foi apoiada por diversos grupos sociais e segmentos populares -estudantes, pesquisadores, profissionais da saúde e gestores, dentre outros -, que alimentavam a luta pelos direitos civis e sociais entendidos como inerentes à democracia tão buscada 8,9 . Na década de 1980, iniciou-se um movimento ampliado e cada vez mais intenso e articulado de contestação do sistema de saúde governamental, buscando-se a democratização do mesmo, a participação popular efetiva, a universalização dos serviços, a defesa do caráter público e a descentralização do sistema de saúde 11 .…”