Abstract:As práticas em Psicologia Social Comunitária (PSC) estão diretamente relacionadas ao compromisso com a mobilização de populações excluídas e com desafios à identidade profissional do psicólogo. Neste trabalho apresentamos uma experiência de intervenção e formação em PSC no curso de Psicologia da Universidade Paulista. Foi realizada pesquisa etnográfica junto ao Complexo da Funerária, conjunto de favelas da Zona Norte de São Paulo, e entrevistadas seis lideranças sobre a história da comunidade. Todo material fo… Show more
“…Em termos metodológicos, compreendemos que a equipe proissional deve atuar de forma dialética com o seu público alvo-seja um grupo, uma família ou comunidade. Ou seja, não se trata de atuar para uma comunidade, mas sim, junto à comunidade (RAMOS;CARVALHO, 2008). A aposta em um trabalho dialógico permitirá que a escolha das técnicas, materiais, recursos e dispositivos sejam construídos em parcerias, ampliando a co-responsabilidade que possibilita atuar junto à "base afetiva e volitiva" (VYGOTSKY, 1991) dos(as) usuários(as).…”
Section: A Interpelação Entre Os Saberes E Fazeres Na Pnas: Algumas Cunclassified
O presente artigo tem como objetivo debater as possíveis contribuições que a psicologia sociohistórica pode oferecer aos profissionais que atuam sob a lógica da Política Nacional de Assistência Social. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que, por meio da análise dos materiais referentes a esta Política, bem como dos principais conceitos da abordagem sociohistórica, busca problematizar as questões epistemológicas, técnicas e políticas atreladas à prática do profissional da Psicologia inserida neste contexto. A partir das análises realizadas, defendemos que a psicologia sociohistórica é um profícuo instrumental teórico que pode subsidiar uma prática ética e coerente com a PNAS, possibilitando a criação de intervenções mais qualificadas e críticas que venham ao encontro das demandas das camadas subalternizadas da sociedade. Desse modo, buscamos colaborar com a articulação entre os saberes e fazeres que interpelam Assistência Social, de modo a colocar a Psicologia no protagonismo da prevenção e promoção dos direitos humanos.
“…Em termos metodológicos, compreendemos que a equipe proissional deve atuar de forma dialética com o seu público alvo-seja um grupo, uma família ou comunidade. Ou seja, não se trata de atuar para uma comunidade, mas sim, junto à comunidade (RAMOS;CARVALHO, 2008). A aposta em um trabalho dialógico permitirá que a escolha das técnicas, materiais, recursos e dispositivos sejam construídos em parcerias, ampliando a co-responsabilidade que possibilita atuar junto à "base afetiva e volitiva" (VYGOTSKY, 1991) dos(as) usuários(as).…”
Section: A Interpelação Entre Os Saberes E Fazeres Na Pnas: Algumas Cunclassified
O presente artigo tem como objetivo debater as possíveis contribuições que a psicologia sociohistórica pode oferecer aos profissionais que atuam sob a lógica da Política Nacional de Assistência Social. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que, por meio da análise dos materiais referentes a esta Política, bem como dos principais conceitos da abordagem sociohistórica, busca problematizar as questões epistemológicas, técnicas e políticas atreladas à prática do profissional da Psicologia inserida neste contexto. A partir das análises realizadas, defendemos que a psicologia sociohistórica é um profícuo instrumental teórico que pode subsidiar uma prática ética e coerente com a PNAS, possibilitando a criação de intervenções mais qualificadas e críticas que venham ao encontro das demandas das camadas subalternizadas da sociedade. Desse modo, buscamos colaborar com a articulação entre os saberes e fazeres que interpelam Assistência Social, de modo a colocar a Psicologia no protagonismo da prevenção e promoção dos direitos humanos.
“…As casas ocupam uma grande área pública pertencente à Prefeitura que tem no seu centro geográfi co um equipamento antes destinado ao suporte funerário do município. Diferentes histórias, lideranças e estratégias de ocupação (Ramos & Carvalho, 2008) dão nome a estes pequenos bairros da periferia: Nova Curuçá, Nova Tietê, Cidade Nova, Vila São João, Funerária. A comunidade é atendida por serviços e equipamentos públicos de saúde (Unidade Básica de Saúde, Pronto Socorro, Programa Saúde da Família) e assistência social (Centros de Criança e Adolescente, Serviço de Assistência Social à Família) e educação (Escola Municipal, Creche), todos com suporte da Prefeitura Municipal de São Paulo.…”
ResumoA prática em Psicologia Social Comunitária solicita a instituição de ferramentas ajustadas às condições concretas de intervenção. Neste trabalho são discutidas ações psicossociais em uma comunidade de baixa renda de São Paulo realizadas a partir de um dispositivo de atendimento em grupo. Durante os anos de 2007 e 2008 foram conduzidos Plantões Comunitários, um grupo aberto e de participação espontânea tendo como referências a prática do Plantão Psicológico e os princípios teórico-políticos da Psicologia Social Comunitária. Em uma "roda de cadeiras" montada sobre a calçada, três psicólogos mediaram encontros semanais entre moradores. O Plantão Comunitário permitiu o acolhimento e o compartilhamento de experiências, assim como promoveu horizontalidade e empoderamento entre os participantes. Os resultados indicam a importância de dispositivos simples de encontro, desafi ando os limites entre o público e o privado e justifi ca o desenvolvimento de práticas grupais inovadoras e críticas para ações psicossociais.
AbstractCare and social change: Th e comunnity duty experience in funeraria complex. Community Social Psychology actions need practical tools that consider psychosocial, ethic, and politic dimensions. In this work we discuss a group device applied to a low income community in São Paulo City. During 2007 and 2008, Community Duty, an open and spontaneous participation group, happened weekly under the practical and theoretical principles of Psychological Duty and Community Social Psychology. On the sidewalk, an available wheel of chairs was arranged for three psychologists mediate people meetings. Community Duty off ered shelter and the sharing of people experiences. As a politic device, it promoted people meetings and horizontal relationships, setting them as protagonists. Results suggest the importance of this kind of group device and defy the limits between public and private experience. Concluding, Community Duty suggests the importance of simple group devices, justifying the development of creative practices as social and health actions.
ResumenCuidado e transformacion social: Evaluación de la implementacion delturno comunitário en el complexo de la funerária. Los trabajos en Psicología Social Comunitaria piden la introducción de herramientas adaptadas a las circunstancias locales de intervención. En este trabajo se discuten las acciones psicosociales en una comunidad de bajos ingresos en São Paulo, que se llevó a cabo a partir de un dispositivo de atención y cuidado. En los años 2007 y 2008 se realizaran Turnos Comunitarios, grupos abiertos y de participación espontánea, que toman como referencia los principios psicológicos y teórico-políticos de la Psicología Social Comunitaria. En una "silla de ruedas" montado en el pavimento, tres psicólogos mediaron reuniones semanales entre los residentes. El Turno Comunitario permitió experiencias de acogida y de intercambio, en una práctica que buscó horizontalidad y empoderamiento entre los participantes. Los resultados indican la importancia de proyectos simp...
“…Os educadores são agentes essenciais no processo de socialização política, visto que os professores e demais agentes pedagógicos são portadores de valores políticos e também atuam como agentes de socialização política, contribuindo na construção de subjetividades coletivas que dão forma à democracia (Ramos, 2000). Além disso, são os próprios agentes pedagógicos -que atuam diretamente nos programas de educação para a democracia -os atores que mais conhecem sobre o tema, seus desafios e possibilidades.…”
Resumo Este artigo analisa relatos dos agentes pedagógicos que atuam nos programas de educação para a democracia do Congresso Nacional. Os relatos foram obtidos por meio de entrevistas estruturadas em maio de 2017, com 229 servidores do Senado e da Câmara, responsáveis pelos 15 programas de educação política das duas casas legislativas. A metodologia consiste na análise de conteúdo. As principais conclusões mostram que os agentes pedagógicos associam os desafios da educação para a democracia na atualidade com o contexto de crise que afeta o Brasil, com destaque para a crise cultural, educacional e política.
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