Entrevista de Lia Zanotta Machado

Abstract

Lia Zanotta Machado é Doutora em Ciências Humanas (Sociologia) pela Universidade de São Paulo (1980), com graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (1967), mestrado em Sociologia pela Universidade de São Paulo (1979) e pós-doutorado (CNPq) no Institut de Recherches sur les Sociétés Contemporaines (IRESCO) e na École des Hautes Etudes en Sciences Sociales (EHESS), Paris (1992-1994). Professora Titular de Antropologia da Universidade de Brasília desde 1996, é atualmente Pesquisadora Colaboradora Sênior desde 2014.

Brazilian Anthropology as seen in ABA data for the Global Survey of Anthropological Practice. From an imaginary nation to a defense of rights

“…(...) While hitting had a moral justification and the victim's suffering was essentially physical, the practice was accepted (Cardoso de Oliveira, 2005, p.12). Faced with this "provocation" (a word used by Cardoso) the debate is accepted and answered by Machado (2010): "(…) I do not consider it possible that physical aggressions do not form part of disputes around consideration/disconsideration, hierarchy and differentiated degrees of gender powers. Especially in family spaces.…”

“…Brazilian anthropologists, through their research and political activity in defense of rights, have a strong presence in the public sphere. (Ramos, 2003;Machado, 2018;Tamaso, 2019). Their collective voice, through the Brazilian Anthropology Association (ABA) has had an important role.…”

“…An increased number of researchers have focused on the study of cultural diversity in other regions and countries. (Ribeiro, 2018;Machado, 2018).…”

O caráter sacrificial do corpo feminino: análise da representação da violência e sua relação com a simbólica animal na obra de Raduan Nassar

“…No presente artigo, optando por um viés analítico distinto do tradicionalmente seguido pelos diversos críticos de Raduan Nassar, realizamos uma análise das representações simbólicas relacionadas a imagens de animais na representação da violência, sobretudo no que tange às relações de gênero e poder na obra de Raduan Nassar. A possibilidade de construção desta análise se dá pela aproximação entre o imaginário de Gilbert Durand (2012), a descrição dos símbolos de Jean Chevalier e Alain Gheerbrant (2018) e estudos sobre gênero realizados por Simone de Beauvoir (1970) e violência de gênero desenvolvidos por Heleieth Saffioti (1994) e Lia Zanotta Machado (2000).…”

Uma crítica feminista da segurança pública no enfrentamento à violência contra mulheres

“…A despeito disso, cotidianamente, as instituições policiais são buscadas por mulheres que vivem situações de violência (MACHADO, 2002;PASINATO;SANTOS, 2008), esperando uma ação mediadora, proteção e solução por parte da polícia. A denúncia nas instituições de segurança pública, principalmente, nas delegacias -especializadas ou não -, se tornou orientação unânime nos manuais de enfrentamento à violência contra as mulheres no Brasil.…”