Este artigo buscou problematizar as tendências da segurança pública na contemporaneidade e sua atuação no atendimento às mulheres em situação de violência por meio das instituições de segurança. Para o desenvolvimento da pesquisa, foi utilizado material bibliográfico e documental, envolvendo literaturas especializadas sobre o tema. Das análises empreendidas, podemos aferir que a violência contra as mulheres é um fenômeno histórico, resultado das relações sociais desiguais de gênero, classe e étnico-raciais, tendo o sistema patriarcal como fundamento. O atendimento às mulheres em situação de violência não se restringe ao âmbito da segurança pública, mas esta geralmente constitui-se como porta de entrada para as mulheres aos demais serviços de atendimento, por isso é de salutar importância discutir e problematizar essa questão.
O artigo tem como objetivo identificar os desafios e perspectivas do fazer profissional de assistentes sociais residentes egressos do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Atenção Integral em Ortopedia e Traumatologia no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) em Santarém/PA. A pesquisa foi orientada por uma perspectiva crítica e com abordagem qualitativa a fim de compreender o objeto a ser estudado em todos os seus aspectos e conexões, quanto aos participantes, foram 5 Assistentes Sociais Egressos do Programa acima mencionado e para a coleta de dados utilizou-se um formulário com perguntas abertas e fechadas. Os dados coletados foram sistematizados e analisados qualitativamente com base no procedimento de análise de conteúdo. Na primeira parte, realizou-se uma breve aproximação ao debate do Serviço Social e Residência Multiprofissional em saúde. Na segunda, aborda-se as atribuições e competências do trabalho do Assistente Social na política de saúde e na residência multiprofissional em saúde e, por fim, apresenta-se os principais resultados da pesquisa realizada no âmbito do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Atenção Integral em Ortopedia e Traumatologia no HRBA, tais como falta de autonomia, não compreensão da identidade profissional do Assistente Social, precariedade das condições de trabalho e outros. Ademais, torna-se importante o fortalecimento da categoria frente aos desafios e no âmago dos Programas de Residências.
Historicamente, a universidade se configura como um espaço masculino. No Brasil, a primeira mulher a cursar o ensino superior data de 1880, todavia, somente a partir da década de 1970 as mulheres passam a ser maioria nas universidades. O presente artigo traz uma reflexão teórica sobre as contradições da inserção e permanência das mulheres nas universidades, conformando tais espaços como uma espécie de “não lugar”. Parte-se da teoria social crítica e feminista para apreender a história da instituição universidade no Brasil e os desafios encontrados pelas mulheres para ocupar tal espaço. Constata-se que, ainda que as mulheres tenham conseguido ocupar as universidades, a sua participação e busca por legitimidade não são livres de tensões devido à estrutura sexista, às discriminações e às violências provocadas pelas relações desiguais de gênero, étnico-raciais e de classes.
O artigo discute, a partir da criminologia crítica feminista, o enfrentamento à violência contra as mulheres pela segurança pública. Na primeira parte, apresentamos um breve debate sobre a segurança pública na atualidade, com destaque para as contradições e desafios em torno da criminalização da violência contra as mulheres. Na segunda, analisamos os dados de pesquisa nas instituições de segurança pública realizada no munícipio de Parintins, Amazonas, no ano de 2019, com vistas a apreender a dinâmica do atendimento às mulheres em situação de violência. O estudo aponta a necessidade e importância da crítica feminista às medidas punitivistas no enfrentamento à violência, bem como reafirma o descaso das instituições de segurança na proteção às mulheres, ainda que essas se constituam como principal porta de entrada aos demais serviços de atendimento a casos desta natureza. Palavras-chave: Violência contra a mulher. Segurança pública. Criminologia crítica feminista. Parintins. Amazonas.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.