“…com os supracitados autores, são responsáveis por aproximadamente 80% do Produto Interno Bruto -PIB (soma das riquezas produzidas por um país em determinado período de tempo).Ou seja, é uma crise econômica de grande magnitude.O cenário econômico brasileiro antes do surto de coronavírus, comparado com o período de 2001 a 2010, no qual o Brasil cresceu em média 3,7% ao ano, já apresentava uma lenta recuperação econômica, dado que, na década atual, de 2011 a 2019, a média anual de crescimento do PIB foi de apenas 0,6% ao ano(BARBOSA FILHO, 2017, MAGALHÃES;CARDOSO, 2020).Dentro dessa mesma perspectiva de tentar analisar o cenário econômico e político brasileiro antes do surto de coronavírus, Barbosa Filho (2017) também ressalta que a desaceleração da economia brasileira que teve início, segundo a autor, no ano de 2014, período marcado por grande descontrole das contas públicas, acentuada elevação do risco país, baixo crescimento, cenário fiscal que tendia a alto endividamento, redução gradual do ritmo de crescimento, dentre outros, são fatores estruturais que ajudam a explicar o fraco dinamismo econômico brasileiro atual: baixa produtividade, baixa qualidade educacional, pequeno investimento em ciência, sistema tributário distorcido, instituições fracas e insegurança jurídica(DEDECCA, 2015, BARBOSA FILHO, 2017CARDOSO, 2020).Tendo já sido feita uma exposição breve do cenário econômico e político no qual a pandemia atingiu o Brasil, apresenta-se os dados do estudo "Impacto Fiscal da Pandemia: Andando sobre Gelo Fino", de autoria de Marcos Lisboa, Marcelo Gazzano, Marcos Mendes e Vinícius Botelho, no qual estima-se que a despesa extraordinária com a pandemia de coronavírus possa superar R$ 900 bilhões, fazendo com que o déficit nas contas públicasGustavo Bruno Pereira de Souza Maria das Dores Saraiva de Loreto Lilian Perdigão Caixêta Reais Crise dentro da crise: a inserção laboral juvenil e sua configuração no contexto do novo coronavírus Oikos: Família e Sociedade em Debate, Viçosa, v. 32, n.1, p.90-108, 2021…”