2003
DOI: 10.1590/s0101-73302003000300016
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Educando à direita: mercados, padrões, Deus e desigualdade

Abstract: ste livro vem somar-se ao conjunto de publicações em que Michael Apple, nestes últimos dez anos, analisa os movimentos conservadores que têm reconstruído a educação de formas perniciosas. Por meio dele podemos compreender que a influência que essas posições têm hoje sobre a sociedade em geral e sobre a política e a prática educacional em particular não diminuiu, ao contrário: intensificou-se e arraigou-se mais ainda no senso comum da sociedade estadunidense (e de muitas outras).Apple fundamenta seus argumentos… Show more

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“…Ainda, segundo o autor, as contradições entre as proposições neoliberais e as da coalizão direitista conservadora seriam resolvidas por meio do que chamou de "modernização conservadora". Nos EUA, a modernização conservadora é constituída por quatro grupos principais, os quais têm sua própria dinâmica histórica e são relativamente autônomos, mas que fazem uma coalizão em torno de interesses comuns, quais sejam: a) os neoliberais, que estão comprometidos com o mercado e com a liberdade como "opção individual"; b) os neoconservadores, os quais romantizam os valores do passado e pretendem um retorno à disciplina e ao saber tradicional; c) os populistas autoritários, formados por fundamentalistas religiosos e evangélicos conservadores, que visam à imposição de (seu) Deus em todas as instituições; d) a nova classe média de gerentes profissionais qualificados em acessão (Apple, 2003). Apple (2003) aduz que dentre os grupos supracitados, os dois mais poderosos seriam os neoliberais e os neoconservadores.…”
Section: Alianças Neoconservadoras E Sua Reação àS Políticas De Igual...unclassified
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“…Ainda, segundo o autor, as contradições entre as proposições neoliberais e as da coalizão direitista conservadora seriam resolvidas por meio do que chamou de "modernização conservadora". Nos EUA, a modernização conservadora é constituída por quatro grupos principais, os quais têm sua própria dinâmica histórica e são relativamente autônomos, mas que fazem uma coalizão em torno de interesses comuns, quais sejam: a) os neoliberais, que estão comprometidos com o mercado e com a liberdade como "opção individual"; b) os neoconservadores, os quais romantizam os valores do passado e pretendem um retorno à disciplina e ao saber tradicional; c) os populistas autoritários, formados por fundamentalistas religiosos e evangélicos conservadores, que visam à imposição de (seu) Deus em todas as instituições; d) a nova classe média de gerentes profissionais qualificados em acessão (Apple, 2003). Apple (2003) aduz que dentre os grupos supracitados, os dois mais poderosos seriam os neoliberais e os neoconservadores.…”
Section: Alianças Neoconservadoras E Sua Reação àS Políticas De Igual...unclassified
“…Assim, o conteúdo desses discursos foi interpretado com base nos pressupostos teóricos do neoconservadorismo de autoras e autores, como Apple (2003), Lacerda (2019), Biroli et al (2020) e do referencial teórico que envolve as concepções de gênero, poder e discurso na perspectiva pós-estruturalista. Sob tal viés, consideramos importante situar a apresentação das proposições legislativas, traçando um paralelo dentro de uma lógica temporal, com eventos sociopolíticos ocorridos no período de 2011 a 2022 no Brasil.…”
unclassified
“…Michel Apple (2003;2005;2015), por exemplo, tem se dedicado a compreender, a partir de uma perspectiva internacional, o avanço e os reflexos da agenda neoliberal e do discurso política e ideologicamente neoconservador na educação. Suas análises, que abordam o contexto norteamericano, inglês, escandinavo e, mais recentemente, brasileiro, levaram o autor a defender que as pedagogias da corrente crítica, que se opõem ao modelo políticoideológico neoliberal e conservador, não podem se sustentar apenas como uma crítica na ordem do discurso, enquanto retórica no campo teórico.…”
Section: O Pensar Crítico: Resistência E Diálogo Frente a Sectarizaçãounclassified
“…Partimos do pressuposto de que políticas similares têm se espalhado e se disseminado por diferentes lugares com a pandemia, seguindo a lógica do Movimento global de reforma educacional, também conhecido como GERM (Global Education Reform Movement), posto que tal projeto de reforma educativa também se expande no Brasil, com fortes acentos neoliberais e empresariais (Hypolito, 2019). Este movimento, todavia, não é apenas econômico, mas está articulado com interesses neoconservadores que confluem para uma aliança política conservadora (Apple, 2000;2003) ou, como indica Freitas (2018, uma nova direita com velhas ideias.…”
Section: Introductionunclassified