Apresento a seguir os resultados de uma pesquisa formalmente desenvolvida com o intuito de obter um título acadêmico, qual seja, o de Doutor em Economia Aplicada (área de concentração: Economia Social e do Trabalho) pela prestigiosa Universidade Estadual de Campinas.Informalmente, trata-se de um esforço de entendimento mais profundo da afirmação de que "para um nordestino, o Estado é tudo", feita pelo Prof. João Manuel Cardoso de Mello no curso Interpretações do Brasil, ministrado para alunos de pósgraduação do Instituto de Economia da referida Universidade. Assim o valoroso Professor procurava explicar os atavismos regionais da obra de Celso Furtado.Ao longo do caminho trilhado pela pesquisa pude confirmar que, como observa Carlo Ginzburg, "a familiaridade, ligada em última análise à pertença cultural, não pode ser um critério de relevância". Ingênuo, acreditava que, por nordestino, detinha um mínimo conhecimento do Nordeste. Não, não detinha. Hoje me sinto menos expatriado.Forçando uma metáfora, noto que esse pesquisador-caminhante só pode chegar aonde chegou porque lhe deram direção, água e pouso durante o trajeto. Cabe-me aqui, pois, registrar minha gratidão, no reconhecimento do afeto, profissionalismo e desinteressada amizade desses com quem deparei na caminhada.Meus agradecimentos especiais vão para o Professor Paulo Baltar, meu orientador. Sua grande arte é provar a seus orientandos que as respostas estão bem mais perto do que eles imaginavam.