Este trabalho objetivou identificar em que medida a Lei de Informática (LI) levou ao aumento da densidade produtiva e tecnológica da indústria de tecnologias da informação e comunicação (TICs) no Brasil e à ampliação de sua participação no mercado internacional. Foram aplicados questionários eletrônicos em empresas usuárias da LI e Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs). Concluiu-se que a LI estimulou a expansão do mercado de TICs no Brasil por meio da produção local, mas com limitada adição de valor. As empresas ampliaram sua capacidade de inovação, porém não houve aumento significativo da participação do Brasil nas exportações de bens eletrônicos. Para ampliar os impactos da LI, propõe-se: aproveitamento dos setores de alta competitividade do país; foco no mercado global e exportações; identificação e estímulo do núcleo estratégico das empresas beneficiárias; e implantação de um sistema de avaliação continuada, composto por um sistema de indicadores para medição da densidade produtiva e tecnológica da indústria.
Resumo: Tendo como destaque o debate clássico sobre o imperialismo, o objetivo do artigo é mostrar a particularidade da internacionalização do mercado interno latino-americano após a Segunda Guerra, em especial o caso brasileiro, por meio do investimento direto estrangeiro (IDE). Para tanto, analisaremos a especificidade imperialista das empresas multinacionais nos anos 50 do século XX e os motivos de seu deslocamento para a América Latina. Em seguida, abordaremos as condições concretas de internacionalização produtiva e os condicionantes internos que levaram a um aprofundamento da dependência externa e do subdesenvolvimento na região.
Entre o processo de Independência e da revolução brasileira (1822-1964), o presente trabalho propõe discutir a questão nacional na obra de Nelson Werneck Sodré a partir de sua investigação em torno dos momentos cruciais da formação histórica do Brasil. Para Sodré, a questão nacional nasce da consciência coletiva de parte da população, que assim vai se forjando como “povo”, na luta contra as condições sociais deletérias impostas pela dominação imperialista. Como hipótese, propomos que tais marcos e seu tratamento pela obra de Sodré só podem ser devidamente compreendidos no quadro geral da crise do capitalismo em sua fase imperialista, desencadeada desde a Primeira Guerra Mundial e da Revolução Russa, tendo como uma de suas expressões as lutas de libertação nacional.
O objetivo deste artigo é mostrar como a combinação entre o imperialismo no limiar do século XX e a particularidade da formação econômica russa determinou a Revolução de 1917. Para tanto, o artigo se apoia na tese de “desenvolvimento desigual e combinado” de Lênin e Trotsky e sua relação com os principais fatos históricos que compõem temas como: industrialização, capital internacional, questão agrária e guerra. Nossa conclusão é de que a Revolução de 1917 se apresenta ao mesmo tempo como uma fratura no modo de produção capitalista, impondo-se como marco mundial que influi sobre outros espaços capitalistas, e a especificidade de um caso de economia dependente cujo enfrentamento de suas contradições criou um experimento social inovador contra o capitalismo.
Partindo dos dilemas da formação histórica brasileira diante da transnacionalização do capital, o objetivo desse artigo será mostrar como a conexão definida por Celso Furtado entre as empresas transnacionais (ETN) e o mercado financeiro internacional impõem limites ao desenvolvimento nacional, entre os anos 1950 e o limiar dos anos 1980. Nossa hipótese é que ao consolidar a dependência externa brasileira em relação ao capital internacional a partir desse marco, criaram-se os principais condicionantes para a crise final do desenvolvimentismo.
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